
Durante o eclipse total de 11 de Agosto de 1999, Place Kléber, Estrasburgo, França


Perante a indiferença quase generalizada dos nossos meios de comunicação, a Ticha (à esquerda da taça, sítio Monarchs) conquistou o título máximo a que pode aspirar uma basquetebolista portuguesa: campeã da WNBA. A sua equipa, os Monarchs, bateu na final os Sun por 62-59.
É deliciosa esta capa do Die Tageszeitung (22 de Setembro de 2005). Face à crise alemã para formar governo, o jornal propõe o génio de Einstein para resolver a difícil equação que resultou das últimas eleições.

O fascínio do realizador alemão Wim Wenders pela América é tal que este escolheu os EUA para viver e para trabalhar. Porém esse seu amor pela América não o impede de criticar o país onde escolheu viver. Wim Wenders tinha afirmado sobre as recentes obras de Michael Moore que este estava a realizar um bom trabalho ao denunciar a deriva do país para uma ideologia conservadora associada a um liberalismo económico radical. Mas Wenders não se ficou pelas palavras e à sua maneira juntou-se a Michael Moore na luta contra o apodrecimento social dos EUA, realizando "Land of Plenty".
Passaram 4 anos desde o cobarde atentado que vitimou a 9 de Setembro de 2001 o Comandante Massoud da Aliança do Norte, a única força que se batia na altura contra o obscurantismo dos talibãs no Afeganistão. Em homenagem a este marcante combatente que admirava De Gaulle e que sonhava com um Afeganistão democrático - numa parte do mundo em que os radicalismos religiosos e ideológicos eram muito mais populares - foi lançado um livro que recolhe o testemunho da esposa de Massoud, Sediqa Massoud. O livro intitula-se "Pour l'amour de Massoud" e poderá fornecer mais pedacinhos de história interessantes sobre a Era Talibã no Afeganistão.
Até ao final do mês de Outubro a astronomia e a exploração espacial vão viver tempos de grandes acontecimentos. Dia 3 de Outubro ocorrerá um eclipse anelar cuja linha central do seu percurso passa no norte Portugal. Dia 26 de Outubro será lançada a sonda Europeia Venus Express (na imagem, sítio ESA) que terá como objectivo o estudo do planeta Vénus.
"Svadba" (A Boda) de Pavel Lungin narra os preparativos e a boda de um jovem casal russo. A Boda decorre numa pequena cidade mineira nos arredores de Moscovo onde é visível alguma depressão social causada pelas dificuldes económicas e a falta de adaptação ao sistema emergente do fim da União Soviética. O filme mostra o que de melhor e de pior o russo médio é capaz para ultrapassar a depressão. Por um lado estão sempre prontos para farras de uma alegria contagiante - muitas vezes no limite da degeneração e por vezes bem regadas com vodka - que vão fazendo esquecer as mazelas da vida. Por outro lado a dureza da nova sociedade regida pelos rublos e pelas máfias misturada com os resquícios de autoritarismo do passado são os ingredientes do fel que invade a boda.
Umas das impressões positivas do meu périplo pelo México, é a forma saudável (dentro do possível) com que o governo mexicano gere a crise dos Zapatistas de Chiapas. É certo que comparados com os restantes grupos rebeldes da América Latina, os Zapatistas são um grupo altamente moderado, mas tanto quanto pude perceber a actuação pública do governo mexicano tem uma resposta igualmente moderada, o que é raro no continente americano. O governo mexicano limita-se a colocar check-points ligeiros em pontos estratégicos para evitar o trânsito de armas para o interior do Estado de Chiapas. Em Chiapas a presença militar é bastante reduzida e discreta para evitar fricções e reacções alérgicas. A fórmula parece resultar. Os Zapatistas continuam activos em Chiapas, mas sem criar grandes crispações e até agora não existiram derrames de sangue inúteis a lamentar. É a antítese da política Aznar.