sexta-feira, julho 30, 2010

Coreia do Desnorte

O regime da Coreia do Norte expulsou do partido comunista o treinador da selecção de futebol, Kim Jung Hun e condenou-o a trabalhos forçados numa obra em Pyongyang.
Depois desta a FIFA deveria erradicar a Coreia do Norte de todas as competições. Já o fez por razões bem menos consensuais no caso do México e no caso da Jugoslávia.
O Daniel Oliveira tinha toda a razão nesta polémica contra os saudosistas velados do totalitarismo comunista.

terça-feira, julho 27, 2010

2010 poderá ser o ano mais quente registado

Dados do instituto americano National Oceanic and Atmospheric Administration mostram que o mês de Junho deste ano foi o Junho mais quente desde que se regista a temperatura média da Terra (temperatura combinada dos oceanos e dos continentes). O mesmo sucedeu com o mês de Maio, o mês de Abril e o mês de Março. Ou seja, Junho foi o quarto mês consecutivo que registou a temperatura da Terra mais alta de sempre. Junho foi também o 304º mês consecutivo cuja temperatura ultrapassou a média de temperaturas do século XX. A última vez que um mês apresentou uma temperatura média inferior à do século XX foi o mês de Fevereiro de 1985. Finalmente, se considerarmos as temperaturas médias de todos os primeiros semestres registados até hoje, o primeiro semestre de 2010 foi o mais quente de sempre. As zonas em que se registaram as temperaturas mais elevadas em relação à época foram a zona do Peru, do centro e do leste dos EUA e as extremidades leste e oeste da Ásia. Os Jogos Olímpicos de Inverno deste ano realizados em Vacouver no Canadá ocorreram quase sem neve, quase exclusivamente à custa de neve artificial. No entanto, temperaturas mais frias que o normal ocorreram no sul da China e Escandinávia e a Europa teve um Inverno entre os mais frios das últimas duas décadas.



Imagens de satélite realizadas desde 1979 mostram que a cobertura de gelo do Árctico correspondente a Junho deste ano foi a menos extensa jamais registada para um mês de Junho. No entanto, é apenas em Setembro que se regista o mínimo de cobertura de gelo do Árctico antes do início do Outono. A ilustrar a tendência deste ano para as altas temperaturas um dos maiores glaciares do Árctico, o Glaciar Jakobshavn Isbrae, perdeu 7 quilómetros quadrados – um pouco mais que a área de Gibraltar – durante uma noite, tendo sido um dos maiores desmembramentos de glaciares jamais registados em tão curto espaço de tempo.

Os 10 anos mais quentes de sempre ocorreram durante os últimos 15 anos. Um relatório científico de 2009, o Diagnóstico de Copenhaga, indica que o aquecimento global poderia estar a seguir a via dos piores cenários projectados para as próximas décadas. Infelizmente, as medidas de 2010 em conjunto com as medidas realizadas nas décadas precedentes parecem confirmar a tendência do Diagnóstico de Copenhaga.

Se dúvidas existiam, temos agora motivos mais fortes que nunca para implementar com urgência as políticas de combate ao aquecimento global antes que o aumento da temperatura global atinja os 2º C, estimado como o aumento de temperatura a partir do qual os nossos esforços para controlar o clima poderão perder efeito.

quarta-feira, julho 21, 2010

7 anos a dar de beber ao tempo



Já lá vão 7 anos a alimentar este monstro de indignações, de confissões e de pecados mortais. Deus não perdoará este blogue, certamente.
Quanto ao caro leitor sirva-se de uma flute de champanhe e desfrute do já tradicional desfile de DJ's convidados. A Mónica Bellucci é a Mestre de Cerimónias deste ano. Ela ofereceu-se e nós não recusámos.


2010 Klepsýdra Club Session

00.00-00.15 - Discurso de abertura de Monica Bellucci intitulado: "Porque leio a Klepsýdra todas as manhãs, sem falha".
00.15-00.45 - Warm Up - Helmut Fritz
00.45-01.45 - Paul Van Dyk
01.45-02.45 - Monika Kruse
02.45-03.00 - Fedde le Grand Warm Up - DJ Muxaxo
03.00-04.45 - Fedde le Grand
04.45-05.30 - DJ Vibe
05.30-06.00 - Kylian Mash (Discobitch)
06.00-06.30 - Monsieur Philippe Corti

terça-feira, julho 20, 2010

Do Prémio Nobel ao Prémio Lopes

"O governo que peça dinheiro emprestado e que o aplique em projectos de investimento público - se possível com fins úteis, mas isto é uma consideração secundária - para assim, criar postos de trabalho que tornarão as pessoas mais dispostas ao consumo o que levará à criação de mais emprego, etc.
A Grande Depressão nos EUA foi finalmente vencida graças a um programa maciço de obras públicas financiado por um défice estatal, conhecido pelo nome de II Guerra Mundial."
Paul Krugman, Prémio Nobel da Economia de 2008 em "O Regresso da Economia da Depressão e a Actual Crise", Ed. Presença, pag. 76.

"Cortar na despesa é inexorável (...) A cru. Sem explicar nada. Ou melhor, explicando que ou é assim ou não é. Não querem, então não se faz"
Ernâni Lopes nas jornadas parlamentares do PSD

sexta-feira, julho 16, 2010

Alma Mater

Foi inaugurada a Alma Mater, a Biblioteca Digital de Fundo Antigo da Universidade de Coimbra, uma excelente iniciativa coordenada pelo professor Carlos Fiolhais e um verdadeiro serviço prestado a todos nós.

quarta-feira, julho 14, 2010

segunda-feira, julho 12, 2010

A "representatividade" da monarquia


Por Kroll publicado no jornal belga Le Soir.

O humor belga por ocasião da passagem da Volta à França em Bruxelas.

Penúria de energia eléctrica no Iraque

(publicado no portal Esquerda.net)
2009 foi o segundo ano mais quente desde que se regista a temperatura global da Terra e a temperatura média dos cinco primeiros meses de 2010 foi a mais alta jamais registada. Este é um cenário que nada ajuda um problema que se tem vindo a agravar no Iraque nos últimos anos: a penúria de energia eléctrica. Apesar das promessas de reconstrução de infra-estruturas por parte dos países que ocuparam o Iraque, a reconstrução da rede de electricidade ficou muito aquém das necessidades mínimas dos iraquianos. O Iraque produz apenas cerca de 7.000 MW por mês quando o mínimo aceitável para o normal funcionamento do país ronda os 14.000 MW. Com temperaturas que por vezes ultrapassam os 50º C, os iraquianos sofrem de desidratação, problemas gástricos e cansaço causado pelo calor nas zonas onde há uma dependência grande da climatização e da obtenção de água através de bombas eléctricas que detêm uma boa parte das famílias. O número de mortos resultantes das vagas de calor têm-se multiplicado, bem como o número de falências e de desempregados decorrentes de empresas que necessitam de electricidade para operar normalmente.

O descontentamento da população é geral. Desde Junho que se têm repetido manifestações públicas contra a política energética do Iraque, tendo algumas dessas manifestações acabado em confrontos com a polícia de que resultaram vários mortos. Têm ocorrido ataques regulares aos funcionários e aos edifícios do Ministério da Electricidade que resultaram em mais de 140 mortos. A escalada de violência levou à demissão do próprio Ministro Karim Wahid a 21 de Junho. Durante a conferência realizada na altura, Wahid declarou que o seu ministério não dispunha de meios financeiros para poder controlar o problema.

Apesar da General Electric e da Siemens já terem anunciado a construção de novas centrais eléctricas estas apenas estarão prontas dentro de dois anos na melhor das hipóteses. É irónico que um dos maiores produtores de petróleo do mundo, logo um dos maiores fornecedores de energia ao resto do planeta, assista impotente à morte dos seus cidadãos por problemas resultantes da falta de energia eléctrica. Sobretudo depois de tantas promessas de reconstrução da parte dos EUA com a agravante destes estarem mais preocupados com o programa energético do país vizinho, o Irão, sobre questões que são um luxo quando comparadas com os problemas dos iraquianos. Por muito perigoso que possa ser o programa nuclear iraniano, o número de vítimas iraquianas deveria fazer os EUA e a comunidade internacional mudar de prioridade na região para evitar que morram ainda mais iraquianos vítimas do calor.

quinta-feira, julho 08, 2010

A maré obscura por detrás da maré negra

(publicado no Esquerda Republicana)
A Transocean, a maior empresa de perfuração de fundos oceânicos e co-responsável pela Maré Negra da Florida, segundo este artigo do New York Times apresenta um historial assinalável de falhas de segurança (Escócia e Noruega), de suspeita de fraudes (Noruega, Brasil e EUA) e de falta de respeito pelos direitos humanos. Os EUA proíbem a operação de empresas americanas na Birmânia por questões humanitárias, no entanto a Transocean está indirectamente ligada a furos realizados neste país.
Tudo parece permitido às multinacionais envolvidas no negócio do petróleo e ainda não iniciámos o inexorável período em que este recurso vai começar a escassear rapidamente. Nessa altura o seu poderio será ainda mais reforçado.
Relembro ao leitor que a maré negra da Florida não surgiu do acaso. O futuro da exploração de petróleo passa por perfurar cada vez a maiores profundidades, comportando maiores riscos de acidente e maiores custos de extracção. A outra alternativa tem sido o processamento de areias betuminosas, também ela cara e com custos ambientais terríveis.

quarta-feira, julho 07, 2010

O Universo micro-ondas


(alta resolução aqui)

Primeira imagem completa do céu na banda das micro-ondas (dos 30 GHz aos 857 GHz) obtida pela missão Plank da ESA.

terça-feira, julho 06, 2010

Wesley Sneijder



Durante o último europeu vi dois grandes jogadores em acção: Andrea Pirlo e Wesley Sneijder. Pirlo seguiu normalmente a sua carreira no Milan, enquanto Sneijder foi desprezado no Real Madrid (realço que este pode ser um aspecto positivo na carreira de um jogador). No entanto, Mourinho não dormia no Inter e foi buscá-lo. Na Liga dos Campeões 2009/2010, Sneijder voltou ao nível do europeu de 2008 e no jogo do ano em que o Inter bateu brilhantemente o Barcelona por 3-1, Sneijder foi decisivo. Sneijder é um daqueles jogadores raros a partir do qual se dispõem mais 10 jogadores e se forma uma equipa, como Gheorghe Hagi, Figo, Maradona, Rui Costa ou Ruud Gullit. Com um passe longo preciso, um bom remate, um bom e rápido drible, uma visão de jogo excepcional e uma capacidade natural de comando das operações, Sneijder é na minha opinião o melhor deste mundial.

Tenho algum pudor em vaticinar um campeão do mundo de um país que nunca ganhou. Em geral a coisa fica sempre entre Alemães, Brasileiros, Argentinos ou Italianos. Mas apesar da Holanda não ter nenhum extra-terrestre como Ronaldo ou Messi, tem Sneijder, o melhor entre os mortais, tem Robben, o melhor do clube vencido da Liga dos Campeões, e tem ainda Van Persie e Van Bommel. É por isso que desde que começou o mundial quando se fala num possível campeão refiro a Holanda. Com pudor. Agora, depois de Wesley Sneijder ter marcado um golo de cabeça, ele que tem 1,70m, entre dois matulões brasileiros, acho que os Holandeses podem começar a pensar em encomendar as faixas.
Reparem que se a final de 74 se repetir entre Alemães e Holandeses, desta vez quem joga em casa é a Holanda. Os boers descendem dos Holandeses e não vão perder esta oportunidade para soprar a fundo nas vuvuzelas.

domingo, julho 04, 2010

Sugestão para Mira Amaral


(cartoon Mix&Remix)

O cartoon da semana é uma sugestão dedicada a Mira Amaral e aos signatários do tal manifesto visionário contra as energias renováveis e a favor das energias fósseis. O futuro da exploração de petróleo será cada vez mais perfurar a maior profundidade, comportando maiores riscos de acidente e maiores custos de extracção. A outra maneira de obter petróleo no futuro será explorando a preços caríssimos as areias betuminosas.
O acidente do Golfo do México realmente prova que o petróleo não é uma "energia politicamente correcta" - provocação empregada por um dos signatários do referido manifesto com o intuito de desprezar as energias renováveis. Uma coisa gira, útil e realmente politicamente incorrecta seria Mira Amaral e restantes signatários do manifesto equiparem-se de baldes, luvas e galochas e aproveitar para ir ajudar a "extrair" o petróleo do Golfo do México.

sexta-feira, julho 02, 2010

De metro a centímetro...

Acho absolutamente escandaloso que tenham passado já 30 anos desde o projecto inicial de renovação do Ramal da Lousã até à configuração actual do metro ligeiro de superfície. 30 anos dizem muito do centralismo reinante neste país. À boleia do PEC surgiram novos argumentos para atrasar o projecto. Obviamente, se se tratasse de uma obra em Lisboa ou de uma empresa comprometida como membros do governo, como a Mota Engil, a obra nunca seria posta em causa.
Aqui a ligação para uma petição contra a paralisação e/ou adiamentos no projecto do Metro Mondego, uma obra fundamental para a descentralização do país, para poupar no consumo de combustíveis fósseis, para reduzir as emissões de CO2 e para melhorar a qualidade de vida dos cidadãos do distrito de Coimbra.