quinta-feira, junho 30, 2005
Central do Brasil
Passo o comentário do excelente "Central do Brasil", filme Klepsýdra da semana, para esta interessante análise do Bruno.
quarta-feira, junho 29, 2005
Rifkin: Modelo social europeu e Adam Smith
Rifkin para o Guardian:
"Today, while corporate profits are soaring around the world, 89 countries find themselves worse off economically than they were in the early 1990s."
"The champions of capitalism pledged to promote sustainable economic development; yet we continue to squander our remaining fossil-fuel reserves, spewing increasing amounts of carbon dioxide into the atmosphere, destroying the world's ecosystems and habitats, with the prospect of catastrophic climate change."
"The central tenet of capitalism is found in the words of the Scottish Enlightenment economist Adam Smith. He believed that an invisible hand ruled over the market place, guaranteeing that everyone would eventually benefit, if only the market mechanism were left unencumbered. Neoconservative economists and politicians still believe this. In reality, the invisible hand has turned out to be nonexistent. Left to its own internal logic, the unfettered market leads not to a bigger share of the economic pie for all but a "winner takes all" endgame."
É uma espécie de jogo do Monopólio à escala mundial.
Mas o que me preocupa mais é quando Rifkin refere:
"The European Union's crisis has obscured the fact that it has come closest to balancing market dynamism and social protection"
A Europa ainda tem muita coisa a melhorar, mas é preciso não esquecer (obscurecer) que em nenhuma outra região do mundo se foi tão longe na ecologia, na redução do horário de trabalho, no tempo de férias, na cobertura social, na luta contra a exclusão, na sexualidade, na paridade, na laicidade, na integração de países vizinhos mais pobres (da Irlanda à Polónia), na qualidade de vida e no desenvolvimento sustentável.
É por isso que julgo que está na hora da esquerda do NÃO passar à esquerda do SIM (refiro-me ao BE e algum PS, não ao PS de António Barreto do "dantes é que era bom"), relançando o debate e propondo alterações. Se não, corremos o risco de ver arrastado pelo esgoto dos nacionalismos junto com o Tratado, o que de mais interessante se construiu na Europa. Depois o melhor é vender a Europa ao Texas e vamos todos curtir uma overdose de CO2...
"Today, while corporate profits are soaring around the world, 89 countries find themselves worse off economically than they were in the early 1990s."
"The champions of capitalism pledged to promote sustainable economic development; yet we continue to squander our remaining fossil-fuel reserves, spewing increasing amounts of carbon dioxide into the atmosphere, destroying the world's ecosystems and habitats, with the prospect of catastrophic climate change."
"The central tenet of capitalism is found in the words of the Scottish Enlightenment economist Adam Smith. He believed that an invisible hand ruled over the market place, guaranteeing that everyone would eventually benefit, if only the market mechanism were left unencumbered. Neoconservative economists and politicians still believe this. In reality, the invisible hand has turned out to be nonexistent. Left to its own internal logic, the unfettered market leads not to a bigger share of the economic pie for all but a "winner takes all" endgame."
É uma espécie de jogo do Monopólio à escala mundial.
Mas o que me preocupa mais é quando Rifkin refere:
"The European Union's crisis has obscured the fact that it has come closest to balancing market dynamism and social protection"
A Europa ainda tem muita coisa a melhorar, mas é preciso não esquecer (obscurecer) que em nenhuma outra região do mundo se foi tão longe na ecologia, na redução do horário de trabalho, no tempo de férias, na cobertura social, na luta contra a exclusão, na sexualidade, na paridade, na laicidade, na integração de países vizinhos mais pobres (da Irlanda à Polónia), na qualidade de vida e no desenvolvimento sustentável.
É por isso que julgo que está na hora da esquerda do NÃO passar à esquerda do SIM (refiro-me ao BE e algum PS, não ao PS de António Barreto do "dantes é que era bom"), relançando o debate e propondo alterações. Se não, corremos o risco de ver arrastado pelo esgoto dos nacionalismos junto com o Tratado, o que de mais interessante se construiu na Europa. Depois o melhor é vender a Europa ao Texas e vamos todos curtir uma overdose de CO2...
terça-feira, junho 28, 2005
Rifkin propõe grande debate europeu
Jeremy Rifkin, o autor de "O Sonho Europeu", propõe um grande debate europeu para a Europa sair da crise e clarificar o seu futuro. Vale a pena ler mais algumas das interessantes ideias de Rifkin expostas no artigo do Figaro. Rifkin é optimista, mas gostaria que tivesse razão. Com políticos pouco motivados a dirigir a UE vejo a ideia de Rifkin muito distante e a coisa só vai piorar a partir de 1 de Julho com presidência britânica. Eu neste momento já nem peço muito, bastar-me-ia que Junker ocupasse o lugar de Barroso.
segunda-feira, junho 27, 2005
Corre Lola Corre
"Lola Rennt" de Tom Tykwer é um filme que nos propõe um conjunto de realidades possíveis centradas na personagem Lola. Cada um dos cenários alternativos pode ter um desfecho radicalmente diferente, basta para isso mudar um pequeno detalhe no desenrolar da acção. Num dos cenários Lola corre mais devagar, noutro mais depressa, noutro ainda tropeça na personagem X, noutro na personagem Y, mas as consequências nunca são as mesmas. Somos realmente capazes de controlar o nosso futuro? Lola é, e a resposta é nos revelada na conversa íntima entre Lola e Manni num momento íntimo em pleno leito de amor.
Tom Tykwer é um desses novos realizadores alemães (como Sönke Wortmann ou Joseph Vilsmaier) que produz pequenos grandes filmes, mais vocacionados para o grande público sem mergulhar no fácil e no óbvio, conseguindo estimular públicos bastante distintos. O formato de "Lola Rennt" não é fácil, mas o ritmo do filme é bastante atractivo muito ao jeito de um videoclip, onde o tema "Wish-Komm zu mir" de Franka Potente (Lola) e Thomas D. tem um papel essencial.
sábado, junho 25, 2005
A Europa de Bernard-Henri Lévy
Hoje às 18.00 de Portugal no canal ARTE, Bernard-Henri Lévy vai falar sobre a sua ideia de Europa na rubrica "Mon Europe à moi". Aquele que é na minha opinião um dos maiores filósofos dos nossos tempos e certamente o mais universalista de todos, seria um daqueles europeus em quem eu votaria de olhos fechados para um hipotético presidente da Europa.
Dois anos de Aba
Há dois, com muito entusiasmo, fui um dos que ligou ao mundo o blogue irmão da Klepsýdra, a Aba de Heisenberg. Dois anos depois a Isabel, o João, o Nuno, o Sérgio e o Paulo César continuam fiéis à incerteza como princípio.
sexta-feira, junho 24, 2005
A morte David Kelly na ARTE
No canal ARTE às 19.40 um filme sobre a morte de David Kelly. Bom serviço público para quem tem a sorte de não ter este canal censurado na TV Cabo.
INTEGRAL no Portal do Astrónomo
A missão espacial INTEGRAL - o melhor telescópio de raios gama jamais contruído - em Português no Portal do Astrónomo. O texto já tem quase um ano. Assim que tiver tempo acrescentarei resultados e comentários dentro do possível.
quarta-feira, junho 22, 2005
Cosmos I
Parece cada vez mais certo que se perdeu a vela solar Cosmos I lançada esta madrugada, um projecto notável da Planetary Society e da Cosmos Studio. Seria uma experiência inédita e interessante saber até que ponto um veículo espacial poderia deslocar-se através da energia transmitida pelo vento solar. É pena.
Wish - Komm zu mir
I wish I was a hunter
in search of different food
I wish I was the animal
which fits into that mood
I wish I was a person
with unlimited breath
I wish I was a heartbeat
that never comes to rest
Komm zu mir, komm zu mir,
komm zu mir, komm zu mir
I wish I was a stranger
who wanders down the sky
I wish I was a starship
in silence flying by
I wish I was a princess
with armys at her hand
I wish I was a ruler
who'd make them understand
Komm zu mir, komm zu mir,
komm zu mir, komm zu mir
Wir sprengten jeden Rahmen als wir zusammenkamen
war es wie eine Explosion und ich schwör ich spür
die Erschütterung immer noch
Ich weiß Du rennst und doch bist Du erst da und nah
wenn Du in meinen Armen liegst, ich geh zu Boden,
wenn Du nicht mit mir fliegst
Oh baby, bitte, bitte lauf, lauf
gib nicht auf ich hab dich vermisst
Es fressen mich Dämonen auf, wenn Du nicht bei mir bist
Ich tue was Du verlangst, hab keine Angst
Ich lass dich nicht allein, denn uns gehört die Welt
wir können alles sein doch jetzt bist Du auf dich gestellt
I wish I was a writer
who sees what's yet unseen
I wish I was a prayer
expressing what I mean
I wish I was a forest
of trees that do not hide
I wish I was a clearing
no secrets left inside
Komm zu mir zurück, ich bin wegen Dir hier
Zum Glück bleibt uns noch Zeit bis zur Ewigkeit
ein Stück deines Daseins steckt in mir
und ich halt es fest, doch die Erinnerung bringt mich um
weil es mich nicht loslässt
Bitte bleib bei mir, verzeih mir lass es dich nicht zerstören
wir kommen frei hier wenn wir nur auf die Liebe schwören
Franka Potente & Thomas D.
in search of different food
I wish I was the animal
which fits into that mood
I wish I was a person
with unlimited breath
I wish I was a heartbeat
that never comes to rest
Komm zu mir, komm zu mir,
komm zu mir, komm zu mir
I wish I was a stranger
who wanders down the sky
I wish I was a starship
in silence flying by
I wish I was a princess
with armys at her hand
I wish I was a ruler
who'd make them understand
Komm zu mir, komm zu mir,
komm zu mir, komm zu mir
Wir sprengten jeden Rahmen als wir zusammenkamen
war es wie eine Explosion und ich schwör ich spür
die Erschütterung immer noch
Ich weiß Du rennst und doch bist Du erst da und nah
wenn Du in meinen Armen liegst, ich geh zu Boden,
wenn Du nicht mit mir fliegst
Oh baby, bitte, bitte lauf, lauf
gib nicht auf ich hab dich vermisst
Es fressen mich Dämonen auf, wenn Du nicht bei mir bist
Ich tue was Du verlangst, hab keine Angst
Ich lass dich nicht allein, denn uns gehört die Welt
wir können alles sein doch jetzt bist Du auf dich gestellt
I wish I was a writer
who sees what's yet unseen
I wish I was a prayer
expressing what I mean
I wish I was a forest
of trees that do not hide
I wish I was a clearing
no secrets left inside
Komm zu mir zurück, ich bin wegen Dir hier
Zum Glück bleibt uns noch Zeit bis zur Ewigkeit
ein Stück deines Daseins steckt in mir
und ich halt es fest, doch die Erinnerung bringt mich um
weil es mich nicht loslässt
Bitte bleib bei mir, verzeih mir lass es dich nicht zerstören
wir kommen frei hier wenn wir nur auf die Liebe schwören
Franka Potente & Thomas D.
terça-feira, junho 21, 2005
Campos de algodão nos Alpes e na Lapónia, obviamente!
Segundo uma notícia da Reuters, em visita ao Burkina Faso esse grande educador dos povos e das massas, Paul Wolfowitz, declarou:
"The key to tackling the problem of cotton subsidies, which obviously hurts farmers here in Burkina Faso and in other poor countries... is to tackle agricultural subsidies across the board".
Desde que se cortem os subsidios em todos os países excepto nos EUA, digo eu. O algodão estrangeiro que ainda aparecer lá pelos US Customs eles tratam-lhe da saúde, que o protecionismo também é patriotismo.
Na mesma notícia os países em vias de desenvolvimento queixam-se:
"they are pushed out of the market by the subsidies rich nations pay their cotton farmers, and argue the huge subsidies to U.S. cotton producers -- which at $4 billion are larger than the whole Burkina Faso economy -- are the cause of a collapse in cotton prices."
Leram bem "U.S. cotton producers", não leram? Agora leiam esta Nota final do Blasfemo Gabriel, que até é um dos meus bloguistas preferidos, mas que infelizmente de vez em quando tem uns ataques incontroláveis de fúria anti-europeísta. Segundo o Gabriel a culpa é da PAC, da Europa pois claro! Maldita Europa que subsidia esses produtores de algodão dos Alpes (franceses), dos Pirinéus (bascos claro), da Lapónia, da Gronelândia, da Praia do Meco enfim de todo esse imenso território europeu onde tropeçamos em resmas e resmas de algodão, obviamente!
"The key to tackling the problem of cotton subsidies, which obviously hurts farmers here in Burkina Faso and in other poor countries... is to tackle agricultural subsidies across the board".
Desde que se cortem os subsidios em todos os países excepto nos EUA, digo eu. O algodão estrangeiro que ainda aparecer lá pelos US Customs eles tratam-lhe da saúde, que o protecionismo também é patriotismo.
Na mesma notícia os países em vias de desenvolvimento queixam-se:
"they are pushed out of the market by the subsidies rich nations pay their cotton farmers, and argue the huge subsidies to U.S. cotton producers -- which at $4 billion are larger than the whole Burkina Faso economy -- are the cause of a collapse in cotton prices."
Leram bem "U.S. cotton producers", não leram? Agora leiam esta Nota final do Blasfemo Gabriel, que até é um dos meus bloguistas preferidos, mas que infelizmente de vez em quando tem uns ataques incontroláveis de fúria anti-europeísta. Segundo o Gabriel a culpa é da PAC, da Europa pois claro! Maldita Europa que subsidia esses produtores de algodão dos Alpes (franceses), dos Pirinéus (bascos claro), da Lapónia, da Gronelândia, da Praia do Meco enfim de todo esse imenso território europeu onde tropeçamos em resmas e resmas de algodão, obviamente!
A obesidade infantil de mão dada com a estupidez
Sobre a estatística horrenda da obesidade infantil que aqui publiquei, o meu fiel leitor que dá pelo nome de guerra "Random" comentou:
Será que há algum estudo que relacione essas estatísticas com a educação média das pessoas?
O atento JPT do Ma-Schamba já o tinha feito nesta entrada, ligando a obesidade infantil a um gráfico publicado no Canhoto que mostra a percentagem da população entre os 20 e os 24 anos com o secundário concluído. Podemos ver os países das crianças obesas (Malta, Portugal, Itália e Espanha) lá na parte inferior do gráfico. Os pais dos meninos obesos com idades entre 7 e 11 anos pertencem a uma faixa etária no mínimo dez anos mais velha que a do gráfico, por isso o respectivo o gráfico dos que possuem o secundário completo é certamente ainda mais vergonhoso para os países do sul da Europa.
Será que há algum estudo que relacione essas estatísticas com a educação média das pessoas?
O atento JPT do Ma-Schamba já o tinha feito nesta entrada, ligando a obesidade infantil a um gráfico publicado no Canhoto que mostra a percentagem da população entre os 20 e os 24 anos com o secundário concluído. Podemos ver os países das crianças obesas (Malta, Portugal, Itália e Espanha) lá na parte inferior do gráfico. Os pais dos meninos obesos com idades entre 7 e 11 anos pertencem a uma faixa etária no mínimo dez anos mais velha que a do gráfico, por isso o respectivo o gráfico dos que possuem o secundário completo é certamente ainda mais vergonhoso para os países do sul da Europa.
domingo, junho 19, 2005
Une liaison pornographique
"Une liaison pornographique", de Frédéric Fonteyne, é a história de um casal ("Ela" e "Ele") que se encontra através de um anúncio de uma revista para adultos com o intuito de concretizar uma determinada fantasia sexual. O problema é que as relações não são simples e em geral há sempre uma factura a pagar, por muito objectiva que possa ser a intenção inicial da relação entre dois amantes ocasionais. Ao contrário do que o título possa dar a entender, "Une liaison pornographique" é um romance, não é obviamente um romance à moda antiga, mas é um romance com R grande.
Sergi López é "Ele". O Serchi é um dos meus actores preferidos, adoro aquele sotaque catalão quando se exprime em francês. "Une liaison pornographique" também faz parte de uma listinha pessoal, a lista dos meus filmes preferidos que publiquei aqui há uns tempos.
Sergi López é "Ele". O Serchi é um dos meus actores preferidos, adoro aquele sotaque catalão quando se exprime em francês. "Une liaison pornographique" também faz parte de uma listinha pessoal, a lista dos meus filmes preferidos que publiquei aqui há uns tempos.
Final no feminino
Alemanha vs Noruega (hoje 15.15), a final é clássica, mas gosto do futebol feminino jogado a este nível. É mais lento que o dos homens, há mais erros, mas é bonito, mais técnico e jogado mais à flor da pele. As estrelas são Solveig Gulbrandsen da Noruega e Birgit Prinz da Alemanha. Prinz impressionou pela velocidade e pela capacidade de passe. Gulbrandsen é mais oportunista, mas teve um momento complicado na meia-final ao levantar a camisola para comemorar um golo, o soutien estava lá mas a árbitro não perdoou o cartão amarelo. Os homens só levam amarelo se tirarem a camisola...injustiças, injustiças!
sábado, junho 18, 2005
A Excepção Somítica Inglesa II (actual.)
Como se esperava não houve acordo sobre as Perspectivas Financeiras da UE. No entanto, a França estava disposta a abdicar de regalias na PAC, a Alemanha disponibilizou-se para um esforço financeiro superior ao que estava previsto, até os 10 novos países da UE anunciaram estar dispostos a abdicar de certas exigências (que fez Junker declarar que teve vergonha desse momento) e o Reino Unido?...
Títulos:
"EU unites against Blair over rebate", The Independent
"Mister Scrooge in Brüssel", Die Zeit
"Tony Blair oblige l'Europe à redéfinir ses priorités", Le Monde
"Rebate row wrecks EU summit", The Guardian
"EU-Finanzgipfel endet im Debakel", Die Welt
"La panne de l'Europe entérinée au sommet", Libération
"Noví clenovia EÚ sa hnevajú na bohatých", Pravda (SK)
(Novos membros da UE zangados com os países ricos)
"Hádky o peníze rozdelují Evropu", Dnes (CZ)
(Disputas sobre o orçamento dividem a Europa)
"Jornalismo de recados", Abrupto
Em Portugal em vez de se comentar o impasse de uma forma rigorosa chuta-se a culpa para os jornalistas da capelinha lusitana e malha-se nos franceses de forma velada. É a conclusão de alguém que leia a imprensa britânica, alemã ou francesa. No que toca à política europeia, é por estas e por outras que me encontro do outro lado da barricada dos autores e apoiantes do Sítio do NÃO.
Títulos:
"EU unites against Blair over rebate", The Independent
"Mister Scrooge in Brüssel", Die Zeit
"Tony Blair oblige l'Europe à redéfinir ses priorités", Le Monde
"Rebate row wrecks EU summit", The Guardian
"EU-Finanzgipfel endet im Debakel", Die Welt
"La panne de l'Europe entérinée au sommet", Libération
"Noví clenovia EÚ sa hnevajú na bohatých", Pravda (SK)
(Novos membros da UE zangados com os países ricos)
"Hádky o peníze rozdelují Evropu", Dnes (CZ)
(Disputas sobre o orçamento dividem a Europa)
"Jornalismo de recados", Abrupto
Em Portugal em vez de se comentar o impasse de uma forma rigorosa chuta-se a culpa para os jornalistas da capelinha lusitana e malha-se nos franceses de forma velada. É a conclusão de alguém que leia a imprensa britânica, alemã ou francesa. No que toca à política europeia, é por estas e por outras que me encontro do outro lado da barricada dos autores e apoiantes do Sítio do NÃO.
sexta-feira, junho 17, 2005
Por favor não destruam os putos
Mais de 30% das nossas crianças entre os 7 e os 11 anos são obesas ou têm excesso de peso... Que os pais se matem com cerveja, tabaco, açucar, etc., estou-me nas tintas, mas pelo menos poupem os putos, poupem os putos das litradas de Fanta à refeição, dos geladinhos a toda a hora, dos bolicaos e dos hamburgueres com batatas fritas.
Gráfico tirado do International Obesity Task Force EU Platform Briefing Paper.
Gráfico tirado do International Obesity Task Force EU Platform Briefing Paper.
quinta-feira, junho 16, 2005
A Excepção Somítica Inglesa
Sempre que surgem ondas de histeria anti-francesa lá vêm as críticas à excepção cultural francesa (quase sempre mal informadas). Ora o Reino Unido é talvez o país da Europa que tem mais excepções (culturais, económicas, sociais, políticas, etc.). Para quem aprecia a Europa da diversidade por contraponto à tacanhez da Europa das nações, as excpções britânicas são mais motivo de interesse do que de repulsa. Os ingleses conduzem do lado esquerdo, utilizam o sistema imperial de medida, preferem a libra ao euro, possuem uma câmara de Lords, não possuem constituição e professam uma religião nacional, o anglicanismo. Há muita gente no continente que se incomoda com isto, mas este é o Reino Unido que os britânicos querem, faz parte das suas opções legítimas. Este incómodo não é muito diferente dos que criticam a excepção cultural francesa, são irrelevantes tiques de provincianismo.
Uma das excepções inglesas que já não têm muita piada é a relação com a Escócia e a Irlanda do Norte, territórios nem sempre tratados como parceiros iguais do Reino, revelando certa política inglesa tiques colonialistas mal disfarçados.
Outra excepção é o "desconto para amigos" concedido pela CEE desde 1984 ao Reino Unido após uma birra de Margaret Thatcher, "I want my money back", disse ela. Segundo Thatcher o Reino Unido contribuia mais do que recebia para a CEE (o que é normal entre países ricos: Alemanha, França, Dinamarca, Holanda) e considerava que a PAC beneficiava mais a França (o que é verdade mas o Reino Unido não se pode queixar muito, principalmente a rainha, a maior beneficiária individual de fundos europeus até há bem pouco tempo). Desde então a contribuição do Reino Unido é feita abaixo da base de cálculo que rege toda a União Europeia (UE). As perspectivas financeiras que se discutem hoje em Bruxelas vão ser marcadas pelo protesto dos restantes 24 países europeus contra excepção britânica, o que faz sentido numa Europa a 25 que necessita de maior solidariedade. A chave para acabar com os privilégios britânicos talvez estivesse na cedência da França em relação aos benefícios que obtém dos fundos destinados à PAC, fundos esses que têm um peso excessivo dentro do orçamento da UE. O mais certo é prevalecer a atitude de marretas por parte da França e do Reino Unido, aquilo dá muitos votos a nível interno, mas perdem todos na UE.
Uma das excepções inglesas que já não têm muita piada é a relação com a Escócia e a Irlanda do Norte, territórios nem sempre tratados como parceiros iguais do Reino, revelando certa política inglesa tiques colonialistas mal disfarçados.
Outra excepção é o "desconto para amigos" concedido pela CEE desde 1984 ao Reino Unido após uma birra de Margaret Thatcher, "I want my money back", disse ela. Segundo Thatcher o Reino Unido contribuia mais do que recebia para a CEE (o que é normal entre países ricos: Alemanha, França, Dinamarca, Holanda) e considerava que a PAC beneficiava mais a França (o que é verdade mas o Reino Unido não se pode queixar muito, principalmente a rainha, a maior beneficiária individual de fundos europeus até há bem pouco tempo). Desde então a contribuição do Reino Unido é feita abaixo da base de cálculo que rege toda a União Europeia (UE). As perspectivas financeiras que se discutem hoje em Bruxelas vão ser marcadas pelo protesto dos restantes 24 países europeus contra excepção britânica, o que faz sentido numa Europa a 25 que necessita de maior solidariedade. A chave para acabar com os privilégios britânicos talvez estivesse na cedência da França em relação aos benefícios que obtém dos fundos destinados à PAC, fundos esses que têm um peso excessivo dentro do orçamento da UE. O mais certo é prevalecer a atitude de marretas por parte da França e do Reino Unido, aquilo dá muitos votos a nível interno, mas perdem todos na UE.
quarta-feira, junho 15, 2005
terça-feira, junho 14, 2005
Nos novos estádios mulher não entra II (comentários)
"Comento apenas esta frase: "Em Portugal já se sabe, o futebol não é para meninas."
Parece-me que cada vez menos é assim, sobretudo depois do Euro 2004.
Em 2004, a habitual propaganda ao futebol, que tradicionalmente enche os telejornais ad nauseum, atingiu proporções surrealistas, nos telejornais, nos espaços publicitários, nos artigos de opinião, nos comentadores, blogues, etc, etc. Não me parece que uma tal esposição aos "memes do futebol" tenha passado sem deixar marcas. Suspeito que se se tivessem feito estudos há 5-10 anos atrás sobre o interesse das mulheres pelo futebol, e se comparassem com estudos feitos nas mesmas condições após o Euro 2004, observariamos uma diferença abismal nos resultados. Mas isto é só uma suposição, baseada na pequena amostra que me rodeia. Naturalmente, ocorreu o mesmo efeito com os homens, mas essa população já estava em grande parte "infectada" e o efeito não terá sido tão notório. Em todo o caso, não me parece que isto signifique que as mulheres tenham pasado a ir mais ao futebol. Elas interessam-se mais, comentam os resultados e conhecem os nomes e a vida dos jogadores, mas para ir ver um jogo ao estádio é necessário que entrem em jogo outros hábitos de grupo (de grupos de rapazes e de homens, claques, cerveja, etc), que não me parece que tenham sido assimilados pelas mulheres durante "a grande epidemia do Euro" (e mesmo assim não sei, nas camadas mais jovens talvez...). A televisão e os restantes media satisfazem as necessidades de informação / curiosidade das mulheres, suscitam a conversa sobre esses temas e é mais a esse nível que noto (grandes) diferenças."
Nuno (Aba de Heisenberg)
"Futebol feminino, e moderno, em Portugal teria muita, muita piada. Oxalá a coisa se mexa. Seria saudável e seria um bom sinal."
Nuno Vargas (Catalunya@large)
"Sim, no futebol mulher é ainda um adereço seja no estádio para mostrar às camaras ou no relvado (já há cheerleaders?). Por cá [Finlândia], na quarta o noticiario da radio deu primeiro o resultado delas (empate a 0 com as suecas) e sö depois o deles (0-4 com os holandeses).. uma questão de orgulho pátrio talvez. Hoje fazem a capa do principal jornal do país e não é para menos, a primeira vez que passam às meias finais de uma competição."
Homem das Neves (Sob a Estrela do Norte)
Parece-me que cada vez menos é assim, sobretudo depois do Euro 2004.
Em 2004, a habitual propaganda ao futebol, que tradicionalmente enche os telejornais ad nauseum, atingiu proporções surrealistas, nos telejornais, nos espaços publicitários, nos artigos de opinião, nos comentadores, blogues, etc, etc. Não me parece que uma tal esposição aos "memes do futebol" tenha passado sem deixar marcas. Suspeito que se se tivessem feito estudos há 5-10 anos atrás sobre o interesse das mulheres pelo futebol, e se comparassem com estudos feitos nas mesmas condições após o Euro 2004, observariamos uma diferença abismal nos resultados. Mas isto é só uma suposição, baseada na pequena amostra que me rodeia. Naturalmente, ocorreu o mesmo efeito com os homens, mas essa população já estava em grande parte "infectada" e o efeito não terá sido tão notório. Em todo o caso, não me parece que isto signifique que as mulheres tenham pasado a ir mais ao futebol. Elas interessam-se mais, comentam os resultados e conhecem os nomes e a vida dos jogadores, mas para ir ver um jogo ao estádio é necessário que entrem em jogo outros hábitos de grupo (de grupos de rapazes e de homens, claques, cerveja, etc), que não me parece que tenham sido assimilados pelas mulheres durante "a grande epidemia do Euro" (e mesmo assim não sei, nas camadas mais jovens talvez...). A televisão e os restantes media satisfazem as necessidades de informação / curiosidade das mulheres, suscitam a conversa sobre esses temas e é mais a esse nível que noto (grandes) diferenças."
Nuno (Aba de Heisenberg)
"Futebol feminino, e moderno, em Portugal teria muita, muita piada. Oxalá a coisa se mexa. Seria saudável e seria um bom sinal."
Nuno Vargas (Catalunya@large)
"Sim, no futebol mulher é ainda um adereço seja no estádio para mostrar às camaras ou no relvado (já há cheerleaders?). Por cá [Finlândia], na quarta o noticiario da radio deu primeiro o resultado delas (empate a 0 com as suecas) e sö depois o deles (0-4 com os holandeses).. uma questão de orgulho pátrio talvez. Hoje fazem a capa do principal jornal do país e não é para menos, a primeira vez que passam às meias finais de uma competição."
Homem das Neves (Sob a Estrela do Norte)
domingo, junho 12, 2005
Mulholland Dr. e a excepção cultural francesa
"Mulholland Drive" é um filme bastante estimulante cuja narrativa oferece várias soluções, embora eu considere que há soluções que são mais soluções do que outras. Para quem possui DVD, aconselho as dicas que vêm nos extras, mas aviso já que se corre o risco de aumentar o leque de soluções possíveis. Eu gosto particularmente daquela em que Betty imagina um doce "começar de novo" com Rita, com preliminares dignos de uma paixão violenta não correspondida e de horas de solidão passadas na pequena casa onde jaziam as melhores recordações.
"Mulholland Drive" é o filme de David Lynch que mais gozo me deu assistir, fez-me reconciliar com o realizador depois daquele engodo televisivo do "Twin Peaks", mas há um pequeno detalhe que não lhe perdoo. Não havia nexcessidade de despir Laura Harring...foi como receber um presente de aniversário desembrulhado. A onda do filme era a de dar asas à matéria cinzenta, e mesmo se não tem interesse nenhum para a narrativa, os fantasmas que muitos espectadores construíram durante o filme ao contemplar a actriz mexicana na tela evaporaram-se por completo perante a exibição do seu corpo despido.
Excepção cultural francesa no cinema americano
"Mulholland Drive" é um filme francês realizado pelo americano David Lynch. Tal como muitos realizadores americanos, David Lynch tem recorrido a fundos franceses para não ficar refém das imposições moralistas e estritamente comerciais do cinema produzido em Hollywood. Desde o referendo francês que houve uma reedição do anti-francesismo militante e a excepção cultural francesa incomoda muita gente. É apresentada como uma espécie de egoísmo francês, mas a verdade é que a excepção cultural francesa tem ajudado a lançar cinema, música e literatura de todo mundo, em dezenas de línguas diferentes. Por exemplo, a grande edição de música africana é realizada em França. O cinema europeu tem sido fortemente dinamizado pela França e Portugal é um dos grandes beneficiários. Têm sido frequentes os filmes portugueses financiados por empresas francesas e pelo estado francês. Nos últimos anos, os franceses têm servido de abono família ao cinema americano mais incómodo, como o cinema de David Lynch.
"Mulholland Drive" é o filme de David Lynch que mais gozo me deu assistir, fez-me reconciliar com o realizador depois daquele engodo televisivo do "Twin Peaks", mas há um pequeno detalhe que não lhe perdoo. Não havia nexcessidade de despir Laura Harring...foi como receber um presente de aniversário desembrulhado. A onda do filme era a de dar asas à matéria cinzenta, e mesmo se não tem interesse nenhum para a narrativa, os fantasmas que muitos espectadores construíram durante o filme ao contemplar a actriz mexicana na tela evaporaram-se por completo perante a exibição do seu corpo despido.
Excepção cultural francesa no cinema americano
"Mulholland Drive" é um filme francês realizado pelo americano David Lynch. Tal como muitos realizadores americanos, David Lynch tem recorrido a fundos franceses para não ficar refém das imposições moralistas e estritamente comerciais do cinema produzido em Hollywood. Desde o referendo francês que houve uma reedição do anti-francesismo militante e a excepção cultural francesa incomoda muita gente. É apresentada como uma espécie de egoísmo francês, mas a verdade é que a excepção cultural francesa tem ajudado a lançar cinema, música e literatura de todo mundo, em dezenas de línguas diferentes. Por exemplo, a grande edição de música africana é realizada em França. O cinema europeu tem sido fortemente dinamizado pela França e Portugal é um dos grandes beneficiários. Têm sido frequentes os filmes portugueses financiados por empresas francesas e pelo estado francês. Nos últimos anos, os franceses têm servido de abono família ao cinema americano mais incómodo, como o cinema de David Lynch.
sexta-feira, junho 10, 2005
Ticha, a rainha das assitências
O caso da Ticha Penicheiro é mais um exemplo da cegueira machista que existe neste país. Com telejornais de uma hora onde 45 minutos são ocupados a falar do homem que obrigou a mulher a engolir o tanque da roupa e os restantes 15 minutos desportivos servem para falar dos treinos dos clubes de Lisboa e do Porto, claro que não sobra espaço para falar das grandes desportistas deste país. Desde que acabou o campeonato de futebol ainda é pior, os noticiários desportivos são preenchidos com jantaradas de "homens do Futebol", de bigode, a falar grosso e de gramática em riste. Nos EUA começou recentemente temporada da WNBA de 2005, a Ticha aparece constantemente nos vários spots de promoção do campeonato nas emissões desportivas...
A Ticha foi apenas por seis anos consecutivos a rainha das assistências da WNBA (de 1998 a 2003) e tem mais dois recordes da WNBA: maior número de roubo de bolas (10) e maior número de assistências (16) numa só partida. Durante anos teve lugar cativo nas 10 jogadas da semana da WNBA, semanas houve em que a Ticha tinha 3 ou 4 jogadas no top ten.
O caso da Ticha não é um caso que apareça do nada, por trás da Ticha está um grande homem, o seu pai João Penicheiro, que foi um dos melhores treinadores de basquete que conheci. Como frequentemente acontece neste país, os grandes génios são segregados, foi o que aconteceu ao pai da Ticha depois de duas temporadas nas categorias jovens em que batemos recordes que permaneceram até hoje. Na altura a Ticha acompanhava-nos aos treinos e aos jogos, era uma criancita como aquelas que andam sempre com a fralda atrás e a resmungar, mas Ticha em vez da fralda driblava uma bola quase do tamanho dela e vociferava jogadas imaginárias. Mais tarde, em jogos mistos que organizávamos nos campos das traseiras dos bairros figueirenses, a Ticha já trocava os olhos a nós, aos matulões, com assistências e passes impressionantes. Daí até à WNBA, a carreira da Ticha evoluiu como um foguete.
A Ticha foi apenas por seis anos consecutivos a rainha das assistências da WNBA (de 1998 a 2003) e tem mais dois recordes da WNBA: maior número de roubo de bolas (10) e maior número de assistências (16) numa só partida. Durante anos teve lugar cativo nas 10 jogadas da semana da WNBA, semanas houve em que a Ticha tinha 3 ou 4 jogadas no top ten.
O caso da Ticha não é um caso que apareça do nada, por trás da Ticha está um grande homem, o seu pai João Penicheiro, que foi um dos melhores treinadores de basquete que conheci. Como frequentemente acontece neste país, os grandes génios são segregados, foi o que aconteceu ao pai da Ticha depois de duas temporadas nas categorias jovens em que batemos recordes que permaneceram até hoje. Na altura a Ticha acompanhava-nos aos treinos e aos jogos, era uma criancita como aquelas que andam sempre com a fralda atrás e a resmungar, mas Ticha em vez da fralda driblava uma bola quase do tamanho dela e vociferava jogadas imaginárias. Mais tarde, em jogos mistos que organizávamos nos campos das traseiras dos bairros figueirenses, a Ticha já trocava os olhos a nós, aos matulões, com assistências e passes impressionantes. Daí até à WNBA, a carreira da Ticha evoluiu como um foguete.
quinta-feira, junho 09, 2005
Nos novos estádios mulher não entra
Começou este fim-de-semana o Campeonato Europeu Feminino de Futebol em Inglaterra, campeonato esse que desperta bastante entusiasmo nos países do norte da Europa. Em Portugal já se sabe, o futebol não é para meninas. Do muito que se disse sobre a construção dos 10 novos estádios para o Euro2004, ninguém referiu o facto desses estádios só serem utilizados na prática por homens. Quando muito, nos novos estádios, ainda vão entrando umas senhoras como espectadoras, mas para fazer uso do relvado menina não entra! Portanto todo aquele dinheiro foi posto ao serviço de apenas metade da população (do litoral, já agora). Se neste país se gastasse aquele dinheiro todo numa actividade identificada com a população feminina, os Vascos Pulidos, os Miguéis Sousa Tavares e os Josés Manuéis Fernandes desta terra iriam aos arames e até já estava a ver o José Manuel Fernandes a voltar a alistar-se MRPP e a sair para a rua de Kalashnikov em punho! Como em Portugal o marialvismo e o machismo são vistos como comportamentos normais, nada disto provoca indignação.
O exemplo da WNBA
Nos EUA, a WBNA (o campeonato profissional feminino de basquetebol) faz uso dos mesmos recintos da NBA e tem direito a um calendário desportivo que em boa parte não é coincidente com os jogos masculinos, aproveitando períodos em que a NBA está parada. É por isso que no mundo a WNBA é um dos desportos femininos que mais desperta interesse e que tem maior destaque os meios de comunicação desportivos.
quarta-feira, junho 08, 2005
Universidades para moscas
Fernando Ruas quer uma Universidade em Viseu, faltam alguns meses para as eleições municipais, compreende-se o delírio. Com a grave falta de alunos que assola as universidades portuguesas, especialmente nos cursos científicos e tecnológicos, Fernando Ruas pode começar a reunir as moscas para encher a futura Universidade de Viseu.
Se este país não fosse tão centralista, poderia existir de facto uma Universidade em Viseu. Uma a menos em Lisboa teria resolvido o assunto há uns anos atrás. Mas agora é demasiado tarde. O interior do país paga o preço forte do NÂO à regionalização. Estes custos também entram no défice.
Se este país não fosse tão centralista, poderia existir de facto uma Universidade em Viseu. Uma a menos em Lisboa teria resolvido o assunto há uns anos atrás. Mas agora é demasiado tarde. O interior do país paga o preço forte do NÂO à regionalização. Estes custos também entram no défice.
Tratado e Sopas de Cavalo Cansado
Recomendo fortemente a leitura deste texto no Almocreve das Petas. Trata-se de uma crítica à crónica de Vasco Pulido Valente (VPV) sobre o Tratado Constitucional. VPV serve ao povo as sopas de cavalo cansado do costume, mas o Almocreve, no seu melhor estilo, não perdoa.
segunda-feira, junho 06, 2005
quinta-feira, junho 02, 2005
A Europa a caminhar para a esquerda? Deve estar deve...
Ao assistir às imagens que vinham da Holanda deparei com mais uma dose de populistas, nacionalistas e liberais fundamentalistas a comemorar o NÃO, a direita soberanista da Europa das Nações, a pior direita, aquela com quem não se pode contar para construir um verdadeiro espaço Europeu. Pergunto aos meus amigos de esquerda, têm a certeza que a Europa vai virar à esquerda? Os sorrisos em Washington são mais que muitos, leiam os blogues dos irredutíveis de todas as barbaridades do Partido Republicano de George W. Bush, leiam o anti-francesismo militante que graça por lá, leiam a inveja e as críticas ao país que oferece a melhor protecção social do mundo e uma cultura quase gratuita aos seus habitantes. Pois é, poupam nas fardas, metralhadoras e tanques que outros, os Republicanos, oferecem ao desbarato a uma das populações mais ignorantes da OCDE.
Acho que está na hora dos que verdadeiramente se interessam pelo futuro da Europa arregaçarem as mangas e não deixar tudo nas mãos de políticos que só vão picar o ponto a Bruxelas e a Estrasburgo e só se lembram da Europa em vésperas de eleições. Isto não se trata apenas da Europa, trata-se de o mundo poder traçar destinos que vão ao encontro da ligação entre povos, e nós somos um desses povos que extravasou as fronteiras do nosso território, somos 15 milhões dos quais 5 milhões estão espalhados pela Europa e pelo mundo. O mundo, esse, fica mais perigoso com uma Europa desmoralizada, à mercê dos fanáticos que presentemente ocupam Washington.
Ler mais sobre o assunto na Natureza do Mal
Acho que está na hora dos que verdadeiramente se interessam pelo futuro da Europa arregaçarem as mangas e não deixar tudo nas mãos de políticos que só vão picar o ponto a Bruxelas e a Estrasburgo e só se lembram da Europa em vésperas de eleições. Isto não se trata apenas da Europa, trata-se de o mundo poder traçar destinos que vão ao encontro da ligação entre povos, e nós somos um desses povos que extravasou as fronteiras do nosso território, somos 15 milhões dos quais 5 milhões estão espalhados pela Europa e pelo mundo. O mundo, esse, fica mais perigoso com uma Europa desmoralizada, à mercê dos fanáticos que presentemente ocupam Washington.
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