Num documento assinado pelas principais academias das ciências do mundo (EUA, Rússia, Japão, Canadá, Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Brasil, Índia, China) aquando do último G8 podemos ler:
"There will always be uncertainty in understanding a system as complex as the world’s climate. However there is now strong evidence that significant global warming is occurring. (...) The scientific understanding of climate change is now sufficiently clear to justify nations taking prompt action."
No entanto, João Miranda do Blasfémias afirma:
"O que há neste momento são hipóteses e teorias, baseadas quer em relações estatísticas pouco significativas."
A distância que vai da "strong evidence" às relações "estatísticas pouco significativas por falta de eventos, quer em modelos computacionais pouco fiáveis por falta de validação" corresponde quase a um prémio Nobel.
Mas João Miranda insiste nesta entrada:
"a qualidade dos modelos [que descrevem o clima terrestre] não está garantida porque eles não se baseiam em princípios básicos da física consensuais mas em teorias simplificadas baseadas em dados empíricos"
Daqui podemos extrair duas conclusões: 1) As 11 academias erram quando declaram que "understanding of climate change is now sufficiently clear"; 2) As maçãs não caem das árvores porque não existe consenso sobre as ondas gravitacionais e algumas "teorias" sobre a gravitação são simplificadas e baseadas em dados empíricos.
Se o João Miranda tiver razão na sua Teoria Liberal do Aquecimento Global (quase tão brilhante como a Teoria Sociológica dos Electrões do Prof. Boaventura) merece o Prémio Nobel de caretas!
Já agora
Para ajudar o João Miranda a actualizar a sua biblioteca de gráficos, aqui vai o gráfico que serve de referência à NASA e ao IPPC que sugere uma variação da temperatura do planeta que vai de 1,4 a 5,8°C em 2100. O que mostra o "rigor" da curva do business-as-usual e da curva de Kyoto.
Respondendo ao João: quando Blair refere o seu "disagreement over Kyoto" com os EUA será que é porque considera que o Protocolo não serve para nada? Está-se mesmo a ver... Aliás muitos dos "proponentes" acham que se deveria ir mais longe do que Quioto, tanto que se fala já em Quioto II. O problema é que Bush prefere ficar pelo Quioto Zero.
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