sábado, janeiro 14, 2006

Marte Ataca ou a melhor "versão" da Guerra dos Mundos

Costumo classificar "Marte Ataca" de Tim Burton como a melhor versão do romance "A Guerra dos Mundos" de H.G. Wells. Diga-se de passagem que Wells escreveu outros romances e contos de ficção científica bem mais interessantes (ex: "A Máquina do Tempo" ou "A Ilha do Dr. Moreau") do que esta guerra impiedosa em que os marcianos acabam todos fulminados pelas doenças terrestres. Tanta tecnologia bélica e nem sequer tinham feito uma reles análise ao ar terrestre antes de se aventurarem a partir a loiça toda aqui no planeta azul. O mérito de Tim Burton é que em vez de se limitar fazer mais uma pobre versão do referido romance, Burton tomou como ponto de partida o conceito geral do romance e avacalhou-o deliciosamente. Na versão de Burton são os sucessos de Tom Jones que fulminam os marcianos com muito maior eficácia que qualquer gripe das aves. De facto Tom Jones não é uma ave qualquer, é uma ave rara capaz de surpreender qualquer incauto marciano. Além do mais do ponto de vista científico parece-me muito mais consistente que sejam cantores como Tom Jones, Julio Iglesias, Vítor Espadinha, Toto Cotugno, Johnny Halliday, Anton aus Tirol ou Karel Gott (esta é para os checos) a dizimar os marcianos através do planeta do que qualquer miserável vírus ou bactéria como acontecia no romance de H.G. Wells.

It's not unusual to be loved by anyone
It's not unusual to have fun with anyone,
but when I see you hanging about with anyone
It's not unusual to see me cry,
oh I wanna' die!


"It's Not Unusual", Tom Jones

Sem comentários: