A ler este texto do Pedro Sales muito bem informado e com números muito úteis para percebermos a especificidade das propinas em Portugal quando comparamos com o resto da Europa.
Voltarei a este tema.
sexta-feira, agosto 31, 2007
Ana Gomes sobre os OGM
Um excelente e esclarecedor texto sobre o enquadramento de culturas de OGM em Portugal e na Europa.
quinta-feira, agosto 30, 2007
A Escola Berlusconi no caso Somague/PSD
Umberto Eco descreve-nos em detalhe no seu livro "A Passo di Gambero" ("A Passo de Caranguejo" ed. port. Difel) as técnicas da gloriosa Era Berlusconi para distrair os cidadãos das notícias que poderiam ser incómodas para o Presidente do Conselho fazendo uso de notícias com maior potencial mediático:
"Un caso tipico di effeto bomba è stata la sparata sul kapò seguita dalla sparata di rinforzo del leghista Stefani contro i turisti tedeschi beoni e schimazzatori. Gaffe incomprensibile, dato che suscitava un incidente internazionale e proprio all'inizio del semestre italiano? Niente affatto. Non solo (ma questo è stato un effeto collaterale) perché sollecitava lo sciovinismo latente di gran parte dell'opinione pubblica, ma perché in quelli stessi giorni si discuteva in parlamento la legge Gasparri, con la quale Mediaset affossava definitivamente la RAI e moltiplicava i dividendi". (...) I giornali dedicavano pagine e pagine a Berlusconi gaffeur (...) L'effeto bomba ha funzionato alla perfezione." Ed. italiana Bompiani, 2006, pag. 131-132.
Neste episódio Berlusconi recorre a um pequeno tiro no pé (a gaffe), para distrair o povo do grande tiro de canhão que desfere sobre a RAI.
As manobras à volta do caso Somague/PSD vêm da mesma escola, mas são mais convencionais. Esta última semana tem sido fértil em notícias para nos distrair da negociata Somague/PSD, o monopólio da direita das TVs privadas e dos jornais diários aliado aos cronistas de serviço têm-se esforçado para esticar as notícias mais espectaculares até à exaustão, até os sucessos desportivos têm ajudado. Mas convém que saibam que não andamos a dormir. Este caso não tem 30 mil explicações, é bastante simples. As leis votadas em democracia são para ser cumpridas por todos e prevêem sanções para quem não as cumpre. Esperaremos pacientemente justas sanções.
"Un caso tipico di effeto bomba è stata la sparata sul kapò seguita dalla sparata di rinforzo del leghista Stefani contro i turisti tedeschi beoni e schimazzatori. Gaffe incomprensibile, dato che suscitava un incidente internazionale e proprio all'inizio del semestre italiano? Niente affatto. Non solo (ma questo è stato un effeto collaterale) perché sollecitava lo sciovinismo latente di gran parte dell'opinione pubblica, ma perché in quelli stessi giorni si discuteva in parlamento la legge Gasparri, con la quale Mediaset affossava definitivamente la RAI e moltiplicava i dividendi". (...) I giornali dedicavano pagine e pagine a Berlusconi gaffeur (...) L'effeto bomba ha funzionato alla perfezione." Ed. italiana Bompiani, 2006, pag. 131-132.
Neste episódio Berlusconi recorre a um pequeno tiro no pé (a gaffe), para distrair o povo do grande tiro de canhão que desfere sobre a RAI.
As manobras à volta do caso Somague/PSD vêm da mesma escola, mas são mais convencionais. Esta última semana tem sido fértil em notícias para nos distrair da negociata Somague/PSD, o monopólio da direita das TVs privadas e dos jornais diários aliado aos cronistas de serviço têm-se esforçado para esticar as notícias mais espectaculares até à exaustão, até os sucessos desportivos têm ajudado. Mas convém que saibam que não andamos a dormir. Este caso não tem 30 mil explicações, é bastante simples. As leis votadas em democracia são para ser cumpridas por todos e prevêem sanções para quem não as cumpre. Esperaremos pacientemente justas sanções.
A Melhor Juventude
"A Melhor Juventude" de Tullio Giordana pode ser visto como uma parábola da história de Itália desde o pós-guerra até aos nossos dias, através da vida de dois irmãos, Matteo e Nicola, e da bela Giorgia, uma jovem doente mental (será ela a Itália?). Nicola é um psiquiatra que se vai dedicar a tentar curar Giorgia e Matteo entra nas fileiras da polícia tentando à sua maneira curar uma Itália enferma pelas actividades das máfias regionais e empresariais. Durante os 383 minutos de filme (dividido em duas partes), acompanhamos os principais acontecimentos da história recente de Itália que vão servindo de pano de fundo ao desenrolar das vidas de Nicola e Matteo, das cheias de Florença à luta contra as máfias sicilianas, passando pelas inevitáveis Brigadas Vermelhas. No episódio das Brigadas Vermelhas, o filme tem a virtude de mostrar a capacidade do marxismo para mergulhar num estado de profunda estupidez e de ódio pessoas dóceis e inteligentes.
A narrativa do filme não é meiga para o polícia Matteo, talvez porque a luta contra a criminalidade organizada seja uma luta inglória, luta essa em que a polícia em vez de controlar parece ser ela controlada pelas grandes redes mafiosas empresariais.
"A Melhor Juventude" é uma obra-prima do cinema italiano, com excelentes interpretações, entre as quais destaco a de Alessio Boni (Matteo) e é sobretudo uma obra que ajuda a combater um dos males resultante do imediatismo das nossas sociedades actuais: a memória curta.
Curiosidade mórbida: este excelente filme foi transmitido pela RTP cerca da uma e meia da manhã...
A narrativa do filme não é meiga para o polícia Matteo, talvez porque a luta contra a criminalidade organizada seja uma luta inglória, luta essa em que a polícia em vez de controlar parece ser ela controlada pelas grandes redes mafiosas empresariais.
"A Melhor Juventude" é uma obra-prima do cinema italiano, com excelentes interpretações, entre as quais destaco a de Alessio Boni (Matteo) e é sobretudo uma obra que ajuda a combater um dos males resultante do imediatismo das nossas sociedades actuais: a memória curta.
Curiosidade mórbida: este excelente filme foi transmitido pela RTP cerca da uma e meia da manhã...
quarta-feira, agosto 29, 2007
A má ecologia
Em geral, a má ecologia é uma ecologia desinformada e hostil à ciência e aos cientistas. A má ecologia resulta de um activismo que ignora a importância do método científico e que envereda facilmente pelo disparate, por meias verdades e por lendas pseudo-científicas. No entanto, convém sublinhar que a hostilidade à ciência é muito mais intensa da parte do activismo anti-ecológico. Estão ainda frescos nas nossas memórias os fortíssimos ataques à ciência e aos cientista da parte dos grupos de pressão que negam o aquecimento global.
Foi apenas há algumas décadas que surgiu o activismo ecológico internacional (ex: Greenpeace foi fundado em 1971), numa época em que a produção científica era modesta e o número de investigadores era baixo comparativamente aos dias de hoje. A incerteza associada ao estudo de certas questões ecológicas era considerável, o que proporcionava que surgissem correntes de opinião sobre alguns assuntos que se verificaram mais tarde absolutamente erradas, quando surgiram novos dados científicos.
Nesses primórdios, o Greenpeace e outras organizações ambientalistas cometeram muitos erros, embora alguns não fossem bem aquele tipo de erros que são tão comuns em ciência, eram mais erros de cálculo ideológico. No entanto, com a proliferação progressiva da investigação científica a quase todas as disciplinas da ecologia (clima, energia, transportes, etc.), o Greenpeace tal como a maior parte das associações ambientalistas percebeu melhor a importância da ciência para o seu activismo, integrando cada vez mais investigadores especializados e muito bem informados. O activismo ecológico de hoje é em geral muito mais bem informado e preocupa-se em seguir aquilo que é a vanguarda do conhecimento científico. O Greenpeace de 2007 é muito melhor que o Greenpeace de 1971. Os casos de Nicolas Hulot e de Yann Arthus-Bertrand são dois excelentes exemplos recentes de um ambientalismo generoso, empenhado, muito bem informado e que não faz broches ao marxismo. Curiosamente, o activismo anti-ecológico tem percorrido o mesmo caminho mas em sentido inverso, abraçando as mais anedóticas teses pseudo-científicas e disferindo ataques patéticos à comunidade científica. O fiasco da Global Climate Coalition (o sítio internet foi encerrado como se pode verificar) é talvez o melhor exemplo desse tipo de activismo.
Considero o caso dos Eufémios um típico exemplo de má ecologia, sobretudo pela razão invocada pelo Filipe Moura no Cinco Dias: "tenho realmente pena que os activistas, com tantos crimes ecológicos que se cometem pelo Algarve e por Portugal fora, se concentrem exclusivamente no milho transgénico". Em Portugal existem milhares de hectares de lixo e de atentados ecológicos de bradar aos céus, bem mais perigosos do que 51 hectares de milho transgénico, mas que quase toda a gente e os Eufémios acham normal (ex: o centro de Lisboa é borrifado pelos produtos resultantes da combustão de cerca de 80 toneladas diárias de combustível emitido pela aviação comercial).
Sobre os transgénicos concordo com quase tudo o que escreveu o Tiago Almeida nos comentários do Sem Muros e convido o leitor a comparar o nível do texto do Tiago, um biólogo licenciado em Coimbra, com as bojardas simplórias e trapalhonas do João Miranda (mas ele não percebe porquê), supostamente um investigador em biotecnologia...
Foi apenas há algumas décadas que surgiu o activismo ecológico internacional (ex: Greenpeace foi fundado em 1971), numa época em que a produção científica era modesta e o número de investigadores era baixo comparativamente aos dias de hoje. A incerteza associada ao estudo de certas questões ecológicas era considerável, o que proporcionava que surgissem correntes de opinião sobre alguns assuntos que se verificaram mais tarde absolutamente erradas, quando surgiram novos dados científicos.
Nesses primórdios, o Greenpeace e outras organizações ambientalistas cometeram muitos erros, embora alguns não fossem bem aquele tipo de erros que são tão comuns em ciência, eram mais erros de cálculo ideológico. No entanto, com a proliferação progressiva da investigação científica a quase todas as disciplinas da ecologia (clima, energia, transportes, etc.), o Greenpeace tal como a maior parte das associações ambientalistas percebeu melhor a importância da ciência para o seu activismo, integrando cada vez mais investigadores especializados e muito bem informados. O activismo ecológico de hoje é em geral muito mais bem informado e preocupa-se em seguir aquilo que é a vanguarda do conhecimento científico. O Greenpeace de 2007 é muito melhor que o Greenpeace de 1971. Os casos de Nicolas Hulot e de Yann Arthus-Bertrand são dois excelentes exemplos recentes de um ambientalismo generoso, empenhado, muito bem informado e que não faz broches ao marxismo. Curiosamente, o activismo anti-ecológico tem percorrido o mesmo caminho mas em sentido inverso, abraçando as mais anedóticas teses pseudo-científicas e disferindo ataques patéticos à comunidade científica. O fiasco da Global Climate Coalition (o sítio internet foi encerrado como se pode verificar) é talvez o melhor exemplo desse tipo de activismo.
Considero o caso dos Eufémios um típico exemplo de má ecologia, sobretudo pela razão invocada pelo Filipe Moura no Cinco Dias: "tenho realmente pena que os activistas, com tantos crimes ecológicos que se cometem pelo Algarve e por Portugal fora, se concentrem exclusivamente no milho transgénico". Em Portugal existem milhares de hectares de lixo e de atentados ecológicos de bradar aos céus, bem mais perigosos do que 51 hectares de milho transgénico, mas que quase toda a gente e os Eufémios acham normal (ex: o centro de Lisboa é borrifado pelos produtos resultantes da combustão de cerca de 80 toneladas diárias de combustível emitido pela aviação comercial).
Sobre os transgénicos concordo com quase tudo o que escreveu o Tiago Almeida nos comentários do Sem Muros e convido o leitor a comparar o nível do texto do Tiago, um biólogo licenciado em Coimbra, com as bojardas simplórias e trapalhonas do João Miranda (mas ele não percebe porquê), supostamente um investigador em biotecnologia...
segunda-feira, agosto 27, 2007
Estou pasmo
Sítio IAAF
Se há uma semana atrás alguém me dissesse que Portugal ganharia uma medalha de ouro no triplo salto, aconselharia internamento hospitalar urgente. Sempre julguei que este tipo de medalhas estaria reservado às grandes escolas mundiais das disciplinas de salto: EUA, Cuba, Reino Unido ou Rússia. Tanto quanto me ocorre, este é o melhor contributo que o Benfica deu para o desporto nacional nos últimos 20 anos. Estão de parabéns os técnicos do Benfica e o Nelson Évora.
Transgénicos: certeza proporcional à ignorância
É curioso verificar que o grau de certeza com que se escreve sobre os transgénicos (para os defender ou para os rejeitar) é proporcional à ignorância e à arrogância dos autores. O cuidado dos textos escritos por quem conhece o mundo científico contrasta fortemente com os textos dos curiosos e dos pseudo-investigadores. Enquanto os primeiros enquadram os seus textos por expressões cautelosas advertindo o leitor para o seu grau de conhecimento sobre o assunto e para o grau de certeza da ciência sobre o estado da investigação na área, os segundos escrevem sobre transgénicos como se estivessem a proclamar os 10 mandamentos acabadinhos de chegar das mãos do Altíssimo, fazendo uso de um tom omnipotente e ameaçando castigos e pragas para os opositores e traidores.
domingo, agosto 26, 2007
Livros de ciência
No Rerum Natura, o prof. Carlos Fiolhais divulga os 10 livros de ciência mais importantes segundo Ernst Peter Fischer, professor de história da ciência da Universidade de Konstanz.
Das minhas leituras, mais modestas e sobretudo mais recentes, formaria uma lista de 7 maravilhas da divulgação científica assim ordenadas:
"Cosmos", Carl Sagan
"Macaco Nu", Desmond Morris
"The God Delusion", Richard Dawkins
"Feiticeiros e Cientistas", Georges Charpak e Henri Broch
"Os Descobridores", Daniel Boorstin
"Uma Breve História do Tempo", Stephen Hawking
"De Tchernobyl en Tchernobyls", George Charpak, Richard Garwin e Venance Journé
O livro de Boorstin e o livro de Charpak e Garwin não são livros convencionais de divulgação científica. "Os Descobridores" é um magnífico livro que narra a história do conhecimento desde os tempos das primeiras civilizações mesopotâmicas até aos dias de hoje. É um livro essencial para qualquer cientista e para todos aqueles que se interessam ciência. O livro "De Tchernobyl en Tchernobyls" é um exemplo de como os cientistas podem contribuir muito positivamente para esclarecer as grandes questões e as grandes escolhas do nosso. Este é um livro de divulgação muito completo e muito rigoroso sobre todos os aspectos da tecnologia e da investigação nuclear.
Das minhas leituras, mais modestas e sobretudo mais recentes, formaria uma lista de 7 maravilhas da divulgação científica assim ordenadas:
"Cosmos", Carl Sagan
"Macaco Nu", Desmond Morris
"The God Delusion", Richard Dawkins
"Feiticeiros e Cientistas", Georges Charpak e Henri Broch
"Os Descobridores", Daniel Boorstin
"Uma Breve História do Tempo", Stephen Hawking
"De Tchernobyl en Tchernobyls", George Charpak, Richard Garwin e Venance Journé
O livro de Boorstin e o livro de Charpak e Garwin não são livros convencionais de divulgação científica. "Os Descobridores" é um magnífico livro que narra a história do conhecimento desde os tempos das primeiras civilizações mesopotâmicas até aos dias de hoje. É um livro essencial para qualquer cientista e para todos aqueles que se interessam ciência. O livro "De Tchernobyl en Tchernobyls" é um exemplo de como os cientistas podem contribuir muito positivamente para esclarecer as grandes questões e as grandes escolhas do nosso. Este é um livro de divulgação muito completo e muito rigoroso sobre todos os aspectos da tecnologia e da investigação nuclear.
quinta-feira, agosto 23, 2007
O céu no Google Earth
A nova versão (4.2) do Google Earth inclui uma interessantíssima opção que permite explorar o céu. Tal como na versão convencional pode-se fazer uma aproximação a certas regiões e ver com algum detalhe estrelas, nebulosas, galáxias, etc. As imagens dos diferentes objectos celestes foram fornecidas pelos arquivos de imagens da ESA e da NASA das observações efectuadas através do telescópio Hubble.
quarta-feira, agosto 22, 2007
Rapidinhas sobre os transgénicos
1- Não se pode fazer ecologia à revelia da ciência, senão entramos na pseudo-ecologia, operando na mesma base intelectual que a pseudo-ciência que nega o aquecimento global, o evolucionismo, o Big Bang, etc.
2- Será que o princípio da precaução está a ser correctamente aplicado em Portugal?
2- Será que o princípio da precaução está a ser correctamente aplicado em Portugal?
L'égoïste romantique
Ler "L'égoïste romantique" de Frédéric Beigbeder é como mergulhar de cabeça numa piscina de champanhe rosé, onde um borbulhar com a potência de um verdadeiro jacuzzi nos envolve no turbilhão da vida mundana e alucinada do seu pseudónimo das horas vagas: Oscar Dufresne. Deixo-vos um extrato da descrição do personagem:
"Oscar Dufresne a 34 ans. C'est un écrivain fictif, comme il y a des malades imaginaires. Il tient son journal dans la presse pour que sa vie devienne passionnante. Il est égoïste, lâche, cynique et obsédé sexuel - bref c'est un homme comme les autres"
Obviamente, este livro não foi traduzido para português e duvido muito que alguma vez o seja, a não ser que Beigbeder ganhe o Nobel (coisa pouco provável). Compreende-se, os tradutores têm mais que fazer, há que traduzir mais um calhamaço do Harry Poter e mais de 300 códigos e fórmulas de Deus, de Da Vinci, da irmã Lúcia e do pastor Tadeu.
"Oscar Dufresne a 34 ans. C'est un écrivain fictif, comme il y a des malades imaginaires. Il tient son journal dans la presse pour que sa vie devienne passionnante. Il est égoïste, lâche, cynique et obsédé sexuel - bref c'est un homme comme les autres"
Obviamente, este livro não foi traduzido para português e duvido muito que alguma vez o seja, a não ser que Beigbeder ganhe o Nobel (coisa pouco provável). Compreende-se, os tradutores têm mais que fazer, há que traduzir mais um calhamaço do Harry Poter e mais de 300 códigos e fórmulas de Deus, de Da Vinci, da irmã Lúcia e do pastor Tadeu.
terça-feira, agosto 21, 2007
Ninive, Iraque: cerca de 200 mortos
Pois é Bruno, os atentados não aconteceram no "mundo ocidental", aconteceram no Iraque. Os solenes discursos sobre os atentados de Londres e de Madrid tão apelativos à lágrima de crocodilo perdem a espontaniedade no caso dos atentados da província iraquina de Ninive. Percebe-se bem o quanto o Iraque preocupa quem apoiou a sua invasão.
segunda-feira, agosto 20, 2007
Os Descobridores de Boorstin
Em tempo de férias, a RTP andou a emitir a série "Os Descobridores", baseada no excelente livro do historiador Daniel Boorstin. A série foi transmitida aos sábados de manhã, por volta das 10 horas, esta que é uma série que toda a gente deveria ver, que é serviço público puro, foi vista por muito poucos...
terça-feira, agosto 14, 2007
La Bonne Maison: a casa ecológica
Sob a iniciativa de Yann Arthus Bertrand, uma agência de arquitectura e uma empresa de construção civil conceberam uma casa modelo de 120 m2 (La Bonne Maison) capaz de economizar energia até 85% em relação aos consumos médios das habitações equivalentes. Este resultado deve-se a um rigoroso isolamento térmico e à utilização da energia solar e de soluções económicas para o consumo energético. O preço proposto pela agência de arquitectura é de 125000 euros por 100m2.
quinta-feira, agosto 09, 2007
Grau de confianca do Aquecimento Global
A Scientific American deste mes publica um artigo muito interessante onde os melhores investigadores em climatologia do planeta explicam porque e' que os seus resultados apresentam o grau de confianca divulgado: mais de 90% de certeza que o aquecimento global e' provocado pelo homem.
quarta-feira, agosto 01, 2007
Cinema Paraíso
Gosto muito de Michelangelo Antonioni (Blow Up é um filme sublime) e faço a minha vénia a Ingmar Bergman, mas as mortes de ambos são de quem já deu mais ao cinema do que os seus espectadores merecem. No entanto a morte do actor alemão Ulrich Mühe (melhor actor europeu de 2006), com 54 anos, priva o cinema de um dos seus melhores actores do momento, um dos que ainda tinha muito para dar à 7ª arte. Fica a sua grande actuação em "As Vidas dos Outros" e um curriculum onde figuram grandes obras como "Funny Games" de Haneke ou "Amen" de Costa-Gavras, bem como excelentes séries televisivas emitidas pelo canal ARTE.
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