"A Melhor Juventude" de Tullio Giordana pode ser visto como uma parábola da história de Itália desde o pós-guerra até aos nossos dias, através da vida de dois irmãos, Matteo e Nicola, e da bela Giorgia, uma jovem doente mental (será ela a Itália?). Nicola é um psiquiatra que se vai dedicar a tentar curar Giorgia e Matteo entra nas fileiras da polícia tentando à sua maneira curar uma Itália enferma pelas actividades das máfias regionais e empresariais. Durante os 383 minutos de filme (dividido em duas partes), acompanhamos os principais acontecimentos da história recente de Itália que vão servindo de pano de fundo ao desenrolar das vidas de Nicola e Matteo, das cheias de Florença à luta contra as máfias sicilianas, passando pelas inevitáveis Brigadas Vermelhas. No episódio das Brigadas Vermelhas, o filme tem a virtude de mostrar a capacidade do marxismo para mergulhar num estado de profunda estupidez e de ódio pessoas dóceis e inteligentes.
A narrativa do filme não é meiga para o polícia Matteo, talvez porque a luta contra a criminalidade organizada seja uma luta inglória, luta essa em que a polícia em vez de controlar parece ser ela controlada pelas grandes redes mafiosas empresariais.
"A Melhor Juventude" é uma obra-prima do cinema italiano, com excelentes interpretações, entre as quais destaco a de Alessio Boni (Matteo) e é sobretudo uma obra que ajuda a combater um dos males resultante do imediatismo das nossas sociedades actuais: a memória curta.
Curiosidade mórbida: este excelente filme foi transmitido pela RTP cerca da uma e meia da manhã...
A narrativa do filme não é meiga para o polícia Matteo, talvez porque a luta contra a criminalidade organizada seja uma luta inglória, luta essa em que a polícia em vez de controlar parece ser ela controlada pelas grandes redes mafiosas empresariais.
"A Melhor Juventude" é uma obra-prima do cinema italiano, com excelentes interpretações, entre as quais destaco a de Alessio Boni (Matteo) e é sobretudo uma obra que ajuda a combater um dos males resultante do imediatismo das nossas sociedades actuais: a memória curta.
Curiosidade mórbida: este excelente filme foi transmitido pela RTP cerca da uma e meia da manhã...
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