A construção das Capelas Imperfeitas do Mosteiro da Batalha foi interrompida no século XVI e até hoje ficaram sem cobertura. O interior daquele espaço projectado pelo Mestre Huguete é de uma riqueza impressionante, nomeadamente o magnífico portal manuelino de Mateus Fernandes e o túmulo de D. Duarte e de D. Leonor. O problema é que todo este património histórico está à mercê da chuva, do musgo e dos fungos!
O Mosteiro da Batalha é sempre local de romaria quando ando a fazer de guia turístico dos meus amigos estrangeiros que me visitam. A indignação dos estrangeiros que visitam aquele local é unânime. Eu até já tenho vergonha de lá levar alguém. O musgo, os fungos e uns remates manhosos no portal manuelino, que desconfio terem sido feitos em cimento, são de revoltar a mais pacata alma.
Será que não se poderia arranjar uma solução mais saudável para aquele magnífico património que está ali ao abandono? Poderia ser uma cobertura discreta, mas que se enquadrasse com a obra sem chocar, que até poderia ser removida no Verão. Ou porque não uma cobertura futurista como a pirâmide do Louvre. Poderia chocar, mas o musgo a corroer um portal manuelino choca muito mais. Mesmo se estas fossem soluções inaceitáveis e a única solução fosse deixar as Capelas à chuva, o Mosteiro da Batalha deveria ter uma equipa de limpeza e restauro de serviço permanente para não deixar as Capelas apodrecer, como está a acontecer hoje em dia.
Lendo a meia dúzia de linhas sobre as Capelas Imperfeitas na página do IPPAR ficamos com a sensação de que alguém com responsabilidade na matéria se está a borrifar para aquela magnífica obra!
Salte até ao Portugal Único 3, mas desconfie da sinalização...
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