A duvidosa coligação entre Verdes e PCP tem na questão do nuclear uma das suas facetas mais cómicas. Eu ainda me lembro do tempo em que o PCP distribuía auto-colantes do "Nuclear Não" com o solzinho a sorrir. Mas durante um dos debates para as últimas presidenciais o camarada Jerónimo surpreendido com a pergunta do moderador sobre qual a posição do PCP sobre o nuclear, lá se deve ter lembrado que a União Soviética possuía muitas centrais nucleares e respondeu que o Partido iria estudar essa hipótese. Foi a partir deste momento que o PCP aderiu ao nuclear (corrijam-se se estiver errado, se houver documentos anteriores ao debate) e foi também a partir desta altura que começaram as divergências com os Verdes. A simultaneidade destes dois acontecimentos não me parece ser pura coincidência.
A questão do nuclear para os Verdes não pode ser uma questão de simples divergência com o PCP, quanto a mim é no mínimo uma questão de ruptura com o PCP e poucas soluções restam aos Verdes para que não percam mais a pouca credibilidade ainda têm.
1) Podem sair da coligação do PCP e
a) concorrer sozinhos às eleições com o apoio dos Verdes Europeus;
b) aliar-se ao BE com o apoio dos Verdes Europeus (opção mais lógica);
2) ou simplesmente dissolver o partido e acabar com a farsa, deixando espaço para que surja um verdadeiro partido ecologista dentro da filosofia dos Verdes Europeus;
3) ou continuar a empatar na aliança com PCP e assim continuar prejudicar a defesa das causas ecológicas em Portugal.
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