Os protestos e o choradinho que se gerou entre alguns produtores portugueses por causa da generalização das designações "Tawny", "Ruby" e "Vintage" a outros vinhos é pouco credível quando Portugal faz exactamente o mesmo em relação a produtos de outros países. O facto de terem sido escoceses a inventar o vinho Porto e a designá-lo assim (e não vinho do Douro como alguns raivosos anti-Porto gostam de afirmar) é apenas um detalhe desta história. Já nem vou às salsichas "tipo Frankfurt" (tal e qual!), fico-me apenas pelas cervejas portuguesas que usam e abusam do copianço. Por exemplo ao ler esta entrada do FJV na Origem das Espécies sobre cervejas portuguesas detecto logo ali quatro copianços descarados, nem vou aos mais subtis, porque também os há. 1) A Chopp é uma designação óbvia da cerveja que produzem os nossos irmãos do Brasil. 2) Bohemia é uma das regiões da Rep. Checa, uma das pátrias da boa cerveja, da pilsner (originária da cidade de Plzen). 3) A Super Bock Abadia é uma péssima imitação das cervejas belgas de Abadia, como a Leffe. 4) A Sagres 1835 é uma imitação cómica da Kronenbourg 1664.
O que mais resulta na venda deste tipo de produtos não é saber se o tawny ou a abadia são designações utilizadas na Tailândia ou em Portugal, o que interessa é que se possa escolher entre um tawny português ou tailandês ou entre uma Abadia belga ou portuguesa. O apreciador não compra nem o tawny tailandês nem a abadia portuguesa, prefere beber água.
O que mais resulta na venda deste tipo de produtos não é saber se o tawny ou a abadia são designações utilizadas na Tailândia ou em Portugal, o que interessa é que se possa escolher entre um tawny português ou tailandês ou entre uma Abadia belga ou portuguesa. O apreciador não compra nem o tawny tailandês nem a abadia portuguesa, prefere beber água.
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