Este texto do Miguel Vale de Almeida traduz muito daquilo que me passa pela cabeça em cada regresso a Portugal. Destaco em particular as seguintes passagens:
"...ao andar hoje por Lisboa, não encontrei nada que me agradasse ou fizesse sentir em casa. Desde logo, a sujidade. Depois, o caos urbanístico. Por fim, a desorganização completa."
"A sujidade sente-se nas ruas e passeios, no próprio ar, com um vago cheiro a lixo, acompanhado por muito barulho. O caos urbanístico sente-se com os olhos e a caminhar, dos monturos de terras aos matagais que crescem por toda a parte, à feiura da arquitectura."
"A desorganização completa vive-se assim que se regressa ao local de trabalho e se começa a entrar numa aterrador limbo burocrático, na dificuldade em encontrar com quem falar numa semana de três feriados"
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