terça-feira, julho 19, 2005

O obsceno parque automóvel americano

Na entrada anterior referi que os EUA são o maior emissor de gases de efeito de estufa do planeta, mas bastariam as emissões produzidas pelas pickup e pelos automóveis citadinos americanos para colocar os EUA entre os 20 maiores poluidores do mundo. O pior é que não existe justificação para que os fabricantes americanos continuem a produzir carros com motores enormes (a regra é 2000 ou 3000 cm3 no mínimo) com consumos de combustível obscenos (>12l/100km em cidade) quando motores bem menores chegariam perfeitamente para as necessidades do americano médio. Um motor de 1600 cm3 é mais do que suficiente para um espaçoso carro familiar e um 2000 cm3 chega perfeitamente para um generoso monovolume. Sabemos que o parque automóvel europeu é radicalmente diferente, é bem menos poluidor e actualmente segue a tendência dos veículos citadinos de reduzidas dimensões do tipo SMART. A moda "SMART" pegou desde às marcas económicas, como o Fiat Panda (1200cm3-5,6l/100km), até aos mais luxuosos, como os classe A da Mercedes (1500cm3-6,2l/100km).


Uma das ocasiões em que aluguei um carro nos EUA pedi à empresa de aluguer via telefone um carro pequeno, "o mais pequeno de todos", disse-lhes que era Europeu e estava habituado a carros pequenos (um carro pequeno para um americano é um Toyota Corolla com três volumes). Trouxeram-me este exemplar que vos mostro na foto que tirei na altura. Trata-se, nada mais nada menos, de um Chrysler Intrepid ES com um motor de "apenas" 3500 cm3 (V6) e com consumo de 13l/100km em percurso citadino. Recebi uma bomba desportiva pelo preço da classe mais económica... é tudo à bruta naquele país!

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