(publicado no portal Esquerda.net)
2009 foi o segundo ano mais quente desde que se regista a temperatura global da Terra e a temperatura média dos cinco primeiros meses de 2010 foi a mais alta jamais registada. Este é um cenário que nada ajuda um problema que se tem vindo a agravar no Iraque nos últimos anos: a penúria de energia eléctrica. Apesar das promessas de reconstrução de infra-estruturas por parte dos países que ocuparam o Iraque, a reconstrução da rede de electricidade ficou muito aquém das necessidades mínimas dos iraquianos. O Iraque produz apenas cerca de 7.000 MW por mês quando o mínimo aceitável para o normal funcionamento do país ronda os 14.000 MW. Com temperaturas que por vezes ultrapassam os 50º C, os iraquianos sofrem de desidratação, problemas gástricos e cansaço causado pelo calor nas zonas onde há uma dependência grande da climatização e da obtenção de água através de bombas eléctricas que detêm uma boa parte das famílias. O número de mortos resultantes das vagas de calor têm-se multiplicado, bem como o número de falências e de desempregados decorrentes de empresas que necessitam de electricidade para operar normalmente.
O descontentamento da população é geral. Desde Junho que se têm repetido manifestações públicas contra a política energética do Iraque, tendo algumas dessas manifestações acabado em confrontos com a polícia de que resultaram vários mortos. Têm ocorrido ataques regulares aos funcionários e aos edifícios do Ministério da Electricidade que resultaram em mais de 140 mortos. A escalada de violência levou à demissão do próprio Ministro Karim Wahid a 21 de Junho. Durante a conferência realizada na altura, Wahid declarou que o seu ministério não dispunha de meios financeiros para poder controlar o problema.
Apesar da General Electric e da Siemens já terem anunciado a construção de novas centrais eléctricas estas apenas estarão prontas dentro de dois anos na melhor das hipóteses. É irónico que um dos maiores produtores de petróleo do mundo, logo um dos maiores fornecedores de energia ao resto do planeta, assista impotente à morte dos seus cidadãos por problemas resultantes da falta de energia eléctrica. Sobretudo depois de tantas promessas de reconstrução da parte dos EUA com a agravante destes estarem mais preocupados com o programa energético do país vizinho, o Irão, sobre questões que são um luxo quando comparadas com os problemas dos iraquianos. Por muito perigoso que possa ser o programa nuclear iraniano, o número de vítimas iraquianas deveria fazer os EUA e a comunidade internacional mudar de prioridade na região para evitar que morram ainda mais iraquianos vítimas do calor.
2009 foi o segundo ano mais quente desde que se regista a temperatura global da Terra e a temperatura média dos cinco primeiros meses de 2010 foi a mais alta jamais registada. Este é um cenário que nada ajuda um problema que se tem vindo a agravar no Iraque nos últimos anos: a penúria de energia eléctrica. Apesar das promessas de reconstrução de infra-estruturas por parte dos países que ocuparam o Iraque, a reconstrução da rede de electricidade ficou muito aquém das necessidades mínimas dos iraquianos. O Iraque produz apenas cerca de 7.000 MW por mês quando o mínimo aceitável para o normal funcionamento do país ronda os 14.000 MW. Com temperaturas que por vezes ultrapassam os 50º C, os iraquianos sofrem de desidratação, problemas gástricos e cansaço causado pelo calor nas zonas onde há uma dependência grande da climatização e da obtenção de água através de bombas eléctricas que detêm uma boa parte das famílias. O número de mortos resultantes das vagas de calor têm-se multiplicado, bem como o número de falências e de desempregados decorrentes de empresas que necessitam de electricidade para operar normalmente.
O descontentamento da população é geral. Desde Junho que se têm repetido manifestações públicas contra a política energética do Iraque, tendo algumas dessas manifestações acabado em confrontos com a polícia de que resultaram vários mortos. Têm ocorrido ataques regulares aos funcionários e aos edifícios do Ministério da Electricidade que resultaram em mais de 140 mortos. A escalada de violência levou à demissão do próprio Ministro Karim Wahid a 21 de Junho. Durante a conferência realizada na altura, Wahid declarou que o seu ministério não dispunha de meios financeiros para poder controlar o problema.
Apesar da General Electric e da Siemens já terem anunciado a construção de novas centrais eléctricas estas apenas estarão prontas dentro de dois anos na melhor das hipóteses. É irónico que um dos maiores produtores de petróleo do mundo, logo um dos maiores fornecedores de energia ao resto do planeta, assista impotente à morte dos seus cidadãos por problemas resultantes da falta de energia eléctrica. Sobretudo depois de tantas promessas de reconstrução da parte dos EUA com a agravante destes estarem mais preocupados com o programa energético do país vizinho, o Irão, sobre questões que são um luxo quando comparadas com os problemas dos iraquianos. Por muito perigoso que possa ser o programa nuclear iraniano, o número de vítimas iraquianas deveria fazer os EUA e a comunidade internacional mudar de prioridade na região para evitar que morram ainda mais iraquianos vítimas do calor.
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