Em 2000 atravessei pela primeira a fronteira de Berg entre a Eslováquia e a Áustria, na altura uma fronteira entre o espaço Schengen e a Europa não comunitária. Estudava em França, o meu carro tinha matrícula francesa, a minha namorada era Checa e eu tinha passaporte português. Os guardas austríacos passaram-se com o cocktail de nacionalidades. Mandaram-me logo encostar. A bagageira do carro foi-me passada a pente fino pelo guarda equipado de luvinhas brancas, não fosse ele apanhar peçonha. À minha volta assistia a cenas de humilhação de revistas inteiras de autocarros eslovacos que iam trabalhar para a Áustria, como o faziam todos os dias.
Com a chegada de Schengen à Europa de Leste sinto que foi dado um desses grandes passos que a Europa tanto necessita, que eliminam inúmeras burocracias, gastos e humilhações inúteis nos dias que correm. A próxima vez que passar em Berg, farei um manguito imaginário àquele guarda austríaco de luvinhas brancas em homenagem à Europa da livre circulação.
Com a chegada de Schengen à Europa de Leste sinto que foi dado um desses grandes passos que a Europa tanto necessita, que eliminam inúmeras burocracias, gastos e humilhações inúteis nos dias que correm. A próxima vez que passar em Berg, farei um manguito imaginário àquele guarda austríaco de luvinhas brancas em homenagem à Europa da livre circulação.
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