Tentam abafar a coisa, mas o que é certo é que texto "Dizer Basta" do Tiago Mendes mete o dedo na ferida da direita portuguesa. Não é um simples texto dirigido a uma pessoa. A carapuça serviu a muita gente e isso notou-se bem na forma como alguns tentaram minimizar o texto do Tiago. É "chato", mas de uma forma destemida o Tiago lança meia dúzia de questões muito certeiras que ainda fazem da direita portuguesa umas das mais conservadoras e ortodoxas de toda a Europa. Há mais domínios (ambiente, cultura, ciência, etc.) que caracterizam negativamente a nossa direita no panorama das direitas europeias, mas as questões que o Tiago aborda já são suficientemente representativas do problema:
- O catolicismo à portuguesa, centrado na nossa senhora de Fátima, piscando o olho ao desenho inteligente e a todo o tipo de pseudo-catolicismo;
- O cocktail Opus Dei-ultraliberalismo onde a "dimensão social e humana, uma molécula que seja de amor, de compreensão ou de compaixão de inspiração cristã [sic]" estão ausentes;
- A condescendência com o Salazarismo;
- Um racismo velado e muito pobrezinho: é só ler o chorrilho de asneiras e os textos ignorantes que se escreveram sobre as declarações de Watson (cuja reacção foi correcta, pedindo desculpas e sublinhando que as suas declarações não tinham qualquer base científica);
- A perseguição ao "lobby gay". Sobre este assunto há matéria abundante muito mal intencionada. Percebe-se que anda por aí perdido muito tique da Santa Inquisição.
Por mim, estou grato que exista uma direita como a do Tiago Mendes, do Carlos Amorim, do Gabriel Silva do Pedro Lomba, do Vasco Rato, do blogue Mar Salgado, entre outros. Poupa-nos a seca (ser seca é bem pior que ser chato) de discutir sempre o mesmo assunto, assuntos mais do que resolvidos e as mesmas obsessões conservadoras de há mais de 50 anos atrás.
- O catolicismo à portuguesa, centrado na nossa senhora de Fátima, piscando o olho ao desenho inteligente e a todo o tipo de pseudo-catolicismo;
- O cocktail Opus Dei-ultraliberalismo onde a "dimensão social e humana, uma molécula que seja de amor, de compreensão ou de compaixão de inspiração cristã [sic]" estão ausentes;
- A condescendência com o Salazarismo;
- Um racismo velado e muito pobrezinho: é só ler o chorrilho de asneiras e os textos ignorantes que se escreveram sobre as declarações de Watson (cuja reacção foi correcta, pedindo desculpas e sublinhando que as suas declarações não tinham qualquer base científica);
- A perseguição ao "lobby gay". Sobre este assunto há matéria abundante muito mal intencionada. Percebe-se que anda por aí perdido muito tique da Santa Inquisição.
Por mim, estou grato que exista uma direita como a do Tiago Mendes, do Carlos Amorim, do Gabriel Silva do Pedro Lomba, do Vasco Rato, do blogue Mar Salgado, entre outros. Poupa-nos a seca (ser seca é bem pior que ser chato) de discutir sempre o mesmo assunto, assuntos mais do que resolvidos e as mesmas obsessões conservadoras de há mais de 50 anos atrás.
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