Fico perplexo quando leio pessoas de esquerda que considero inteligentes e muito bem informadas defenderem de cernelha um populista de pacotilha como Chavez. Tenho a certeza que se hipoteticamente trocassem dois dedos de conversa com o personagem, algumas o rotulariam de atrasado para baixo. Ele certamente os rotularia de traidores para baixo. Mas como o vêem ao longe na TV ou nos jornais embrulhado em bandeirinhas, em balõezinhos e em estrelinhas vermelhas em pleno delírio contra os populistas de direita (que são quase iguais a ele), a nostalgia de outros tempos parece assumir o controlo da sua capacidade crítica.
A sensação que fica para quem os lê é que a esquerda hoje se resume a populistas como Chavez, como uma tábua de salvação que resta de um grande navio marxista que se afundou a pique. Fica a sensação que não há outras esquerdas na Venezuela, ou na América do Sul, ou no resto do mundo. Fica a sensação que o único projecto de esquerda foi o do socialismo real do século XX. E fica a certeza que na esquerda ainda há um importante trabalho de luto político a fazer. A esquerda só faz sentido se for crítica e capaz de se questionar (não é sinónimo de se fraccionar) em permanência.
A sensação que fica para quem os lê é que a esquerda hoje se resume a populistas como Chavez, como uma tábua de salvação que resta de um grande navio marxista que se afundou a pique. Fica a sensação que não há outras esquerdas na Venezuela, ou na América do Sul, ou no resto do mundo. Fica a sensação que o único projecto de esquerda foi o do socialismo real do século XX. E fica a certeza que na esquerda ainda há um importante trabalho de luto político a fazer. A esquerda só faz sentido se for crítica e capaz de se questionar (não é sinónimo de se fraccionar) em permanência.
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