Nesta passagem de um grandioso post, o Tiago Mendes toca num ponto muito importante que caracteriza na perfeição as incoerências do catolicismo à portuguesa, em particular a Opus Dei:
"dão-se alvíssaras a quem encontrar, naquilo que o André Azevedo Alves escreve há anos sobre o que quer que tenha uma dimensão social e humana, uma molécula que seja de amor, de compreensão ou de compaixão de inspiração cristã. Há ali uma incoerência que não percebo"
De facto, quem ouve ou lê alguns dos representantes mais mediáticos da Opus Dei fica com a sensação que o exemplo de humildade e simplicidade da vida de Cristo é completamente adulterado. Falam constantemente de riqueza com a boca cheia, quem os ouve julga que Cristo era rico e filho de ricos e falava aos ricos, e em vez de distribuir gratuitamente peixe aos pobres, apelava à diminuição dos impostos dos ricos. O consumismo e as posses materiais são encorajados por cima de toda a folha. É um discurso carregado de desprezo pelos excluídos, rotulados frequentemente de preguiçosos, apedrejando as Marias Madalenas (e Madalenos) deste mundo. A sua atitude anda muito mais próxima das descrições fantásticas do Mafarrico de tridente em punho do que propriamente da aura misericordiosa do Altíssimo.
"dão-se alvíssaras a quem encontrar, naquilo que o André Azevedo Alves escreve há anos sobre o que quer que tenha uma dimensão social e humana, uma molécula que seja de amor, de compreensão ou de compaixão de inspiração cristã. Há ali uma incoerência que não percebo"
De facto, quem ouve ou lê alguns dos representantes mais mediáticos da Opus Dei fica com a sensação que o exemplo de humildade e simplicidade da vida de Cristo é completamente adulterado. Falam constantemente de riqueza com a boca cheia, quem os ouve julga que Cristo era rico e filho de ricos e falava aos ricos, e em vez de distribuir gratuitamente peixe aos pobres, apelava à diminuição dos impostos dos ricos. O consumismo e as posses materiais são encorajados por cima de toda a folha. É um discurso carregado de desprezo pelos excluídos, rotulados frequentemente de preguiçosos, apedrejando as Marias Madalenas (e Madalenos) deste mundo. A sua atitude anda muito mais próxima das descrições fantásticas do Mafarrico de tridente em punho do que propriamente da aura misericordiosa do Altíssimo.
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