O pequeno texto do Luís da Natureza do Mal sobre o Paraguai ilustra bem o que é a filosofia liberal, o utilizador-pagador e afins. O Paraguai não é caso único, na Birmânia morrem pessoas porque não há dinheiro para pagar o serviço hospitalar que entrou numa onda fundamentalista de liberalizações, naquele que é um dos mais pobres países do mundo. A filosofia neo-liberal (não confundir com os liberais americanos, anglo-saxónicos e franceses), encabeçada por pessoas como Fukuyama e a linha dura do partido Republicano, é uma das ideologias que mata mais no mundo e em muitos casos consegue ser tão burocrática como os antigos sistemas soviéticos. Os telefones e os serviços hospitalares são dos piores exemplos desta filosofia. Experimentem telefonar nos EUA!
Mas o caso do Paraguai fez-me lembrar (com as devidas diferenças) a vez em que fiquei retido três horas entre a última entrada de acesso à auto-estrada e a barreira de recolha de título no Porto, por causa de obras que a própria Brisa estava aí a efectuar. Perante aquele caos, ninguém da Brisa se decidiu a anular a barreira de títulos, tivemos que gramar mais tempo porque a Brisa não queria perder um cêntimo. Claro, no fim reclamei o que paguei de portagem. A Brisa não aceitou a minha reclamação dando justificações falsas, mas conseguiram comprar-me com um excelente mapa de estradas de Portugal que me enviaram para casa no Natal, diga-se de passagem de maior valor do que o que paguei de portagem.
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