Um camp, ce ne sont pas seulement des réfugiés. Ce sont aussi des humanitaires. De l’aide alimentaire. (…) en plaçant leurs réfugiés et tout le dispositif humanitaire qui va avec, aux avant-postes de ces terres nouvellement conquises et donc précaires et périlleuses, le gouvernement créait un bouclier, ou un sanctuaire, plus efficaces qu’une armée. J’ai vu le même type de situation dans la banlieue de Huambo, à la limite du périmètre de sécurité. (…) la logique de Menongue: tenir la position ; oui, cette fois, la tenir; mais avec les civils comme otages et les humanitaires en avant-poste.
Entre les deux attitudes, un point comum : deux armées spectrales qui passent autant de temps à s’éviter qu’à s’affronter et qui ont choisi de se battre par populations interposées.
“Réflexions sur la Guerre, le Mal et la fin de l’Histoire”, Bernard-Henri Lévy, Grasset, 2001.
Como termo de comparação transcrevo aqui um excerto do texto onde o Abrupto cita Jonas Savimbi como vítima da retirada do Vietname:
“a frase de Savimbi era o reverso que não se pensara, não se vira: o destino dos angolanos, como dos outros povos, que pagavam o preço do refluxo americano, pelo campo aberto aos soviéticos (e aos cubanos) em África. Savimbi contava como ficara sozinho, e fora empurrado para os sul-africanos pelo abandono americano, que só mudara com Reagan.”
O que mudara com Reagan em Angola é o que descreve Bernard-Henri Lévy no excerto acima transcrito. O apoio de Reagan deu mais lenha para queimar à crueldade de Jonas Savimbi. Aliás Reagan fez muitas destas. Ficam para a posteridade o seu apoio aos talibãs no Afeganistão, a Saddam na guerra Irão-Iraque e à guerrilha sanguinária dos Contras na Nicarágua. Os resultados desastrosos desses apoios prologam-se até aos dias de hoje.
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