A SMART 1 lançada no passado sábado de Kourou na Guiana Francesa será a primeira missão europeia a chegar à Lua. Uma das grandes curiosidades desta missão é a utilização de um motor iónico como meio de propulsão. Até hoje só a sonda Deep Space 1 da NASA, lançada em 1998, e a sonda Hayabusa da JAXA, lançada no passado Maio, é que utilizaram este meio de propulsão em missões que se estendem lá da órbita da Terra. No entanto esta tecnologia já tem cerca de 30 anos tendo sido de início bastante desenvolvida na ex-União Soviética que utilizou este tipo de motores para efectuar correcções de órbitas de alguns satélites.
(Imagem do sítio da Agência Espacial Europeia)
A SMART utiliza um sistema electrostático baseado no efeito de Hall para acelerar iões de Xenon. Este tipo de sistema tem a vantagem de ser muito mais eficiente no aproveitamento do seu gás propulsor do que os convencionais motores de foguetão. Apesar dos motores convencionais terem uma maior capacidade de propulsão num curto espaço de tempo, por isso são ainda os mais interessantes para a fase de lançamento, a longo prazo os motores iónicos, cujo impulso é equivalente à pressão exercida por uma folha de papel sobre a palma de uma mão, permitem atingir velocidades muito maiores devido a uma utilização mais eficiente do gás propulsor (apenas 72 kg Xenon).
Dia 30 de Setembro este maravilhoso motor entrou em funcionamento e se tudo correr bem daqui a 16 meses a SMART deverá começar a orbitar a Lua.
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