A Alemanha volta a estar na vanguarda do cinema depois da notável obra de Rainer Werner Fassbinder. Michael Haneke faz parte de uma geração de realizadores alemães como Wim Wenders ou Tom Tykwer, que tem vindo a elevar bastante a fasquia da qualidade cinematográfica mundial. Haneke pulveriza estilos cinematográficos. «Funny Games» (vencedor do Fantasporto em 98) faz parecer um anão o filme «Shining» de Kubrik. «A pianista» é um furacão que arrasa o tema da sexualidade obsessiva.
Agora Haneke está de volta com «Le temps du loup». Uma história que começa numa aldeia onde uma família se desloca para passar férias, descobrindo que ocorreram profundas alterações na vida dos seus habitantes. A relação entre as pessoas é muito agressiva. A família desloca-se até uma estação onde passam comboios de vez em quando e onde muita gente espera um lugar numa próxima composição para deixar definitivamente a aldeia. Não se sabe bem o que se passa, se ocorreu uma guerra ou uma epidemia, a atmosfera é apocalíptica…
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