O que mais me impressionou nas minhas leituras de Dostoiévski é a maturidade da escrita. Há uma ingenuidade própria do ambiente da época, do século XIX, que se encontra inclusivamente na escrita de Emile Zola, Eça de Queirós ou Oscar Wilde. Mas em Dostoiévski, o olhar crítico sobre a sociedade e os indivíduos, o recuo com que é aplicado, é quase inacreditável para quem não atravessou o miolo do século XX.
Foram dias muito especiais em São Petersburgo, a estadia nas ruas onde se desenrolou Crime e Castigo, não é todos os dias que se pode ser vizinho de Raskólnikov e dormir a dois passos da casa onde Aliona e Lizaveta Ivanovna foram assassinadas, e da porta, daquela porta, atrás da qual Raskólnikov ainda se escondeu. Essa porta, tal como o apartamento, existiu e ainda existe, pode servir para esconder hipotéticos assassinos do século XXI.
Foram dias muito especiais em São Petersburgo, a estadia nas ruas onde se desenrolou Crime e Castigo, não é todos os dias que se pode ser vizinho de Raskólnikov e dormir a dois passos da casa onde Aliona e Lizaveta Ivanovna foram assassinadas, e da porta, daquela porta, atrás da qual Raskólnikov ainda se escondeu. Essa porta, tal como o apartamento, existiu e ainda existe, pode servir para esconder hipotéticos assassinos do século XXI.
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