(publicado no O Figueirense de hoje, sem ligação à versão electrónica)
Em 2009, o BE elegeu pela primeira vez um deputado pelo distrito de Coimbra, o professor José Manuel Pureza. Durante os dois últimos anos o eleito bloquista prestou contas aos eleitores sobre o trabalho realizado na Assembleia da República em duas sessões (uma por ano) realizadas na Figueira e divulgadas nas páginas deste jornal. Nessas sessões, em que o deputado estava ali à distância de um aperto de mão, o eleitor que se questiona “o que é que os deputados fazem lá no Parlamento” teve a oportunidade rara de interpelar directamente um dos seus representantes distritais. Este é um conceito de responsabilização do eleito que promove a transparência, um valor essencial e prioritário para a credibilização da actividade política actual. No entanto, poucas concelhias no distrito de Coimbra correram esse risco de expor o seu eleito às questões directas dos eleitores.
Entra o bombo…
Nos antípodas desta prática está o CDS. O seu deputado por Coimbra, o médico Serpa Oliva, desde que foi eleito apenas se fez notar no concelho este fim-de-semana ao som de bombo e gaita, distribuindo com alegria inúmeras esferográficas. Mas o respeito do CDS pelos figueirenses também ficou patente na candidatura à câmara municipal, encabeçada por uma senhora muito educada e simpática mas que em pleno debate de cabeças de lista disse: “nem sabia que a Figueira estava endividada”. Eram só 80 milhões de euros em dívida. Isto mostra o nível de alheamento da política local de um partido a viver dos sketches televisivos do seu líder que ganha muitos votos à custa de atiçar pobres contra pobres. Nos países onde se atribui rendimento mínimo aos mais pobres, as taxas de mortalidade infantil são mais baixas – a dos EUA é quase o dobro da portuguesa – mas o poder do sketch televisivo anula a gravidade do assunto.
No próximo domingo a escolha dos figueirenses também vai passar por aqui, entre duas formas muito diferentes de fazer política, entre Serpa Oliva e José Manuel Pureza.
Em 2009, o BE elegeu pela primeira vez um deputado pelo distrito de Coimbra, o professor José Manuel Pureza. Durante os dois últimos anos o eleito bloquista prestou contas aos eleitores sobre o trabalho realizado na Assembleia da República em duas sessões (uma por ano) realizadas na Figueira e divulgadas nas páginas deste jornal. Nessas sessões, em que o deputado estava ali à distância de um aperto de mão, o eleitor que se questiona “o que é que os deputados fazem lá no Parlamento” teve a oportunidade rara de interpelar directamente um dos seus representantes distritais. Este é um conceito de responsabilização do eleito que promove a transparência, um valor essencial e prioritário para a credibilização da actividade política actual. No entanto, poucas concelhias no distrito de Coimbra correram esse risco de expor o seu eleito às questões directas dos eleitores.
Entra o bombo…
Nos antípodas desta prática está o CDS. O seu deputado por Coimbra, o médico Serpa Oliva, desde que foi eleito apenas se fez notar no concelho este fim-de-semana ao som de bombo e gaita, distribuindo com alegria inúmeras esferográficas. Mas o respeito do CDS pelos figueirenses também ficou patente na candidatura à câmara municipal, encabeçada por uma senhora muito educada e simpática mas que em pleno debate de cabeças de lista disse: “nem sabia que a Figueira estava endividada”. Eram só 80 milhões de euros em dívida. Isto mostra o nível de alheamento da política local de um partido a viver dos sketches televisivos do seu líder que ganha muitos votos à custa de atiçar pobres contra pobres. Nos países onde se atribui rendimento mínimo aos mais pobres, as taxas de mortalidade infantil são mais baixas – a dos EUA é quase o dobro da portuguesa – mas o poder do sketch televisivo anula a gravidade do assunto.
No próximo domingo a escolha dos figueirenses também vai passar por aqui, entre duas formas muito diferentes de fazer política, entre Serpa Oliva e José Manuel Pureza.
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