As reais consequências para o futuro da central de Fukushima Daichi e das regiões vizinhas começam a definir-se após recentes relatórios e declarações públicas de responsáveis japoneses. Em relatório enviado esta quarta-feira ao governo japonês por um grupo de peritos da Agência Internacional de Energia Atómica, afirma-se que os riscos de tsunami foram subestimados aquando da construção da central.
Noutro relatório elaborado pela organização japonesa responsável pelo tratamento dos resíduos nucleares identifica uma região contaminada superior a 600 km2. Fora da zona de exclusão de 20 km foram detectadas bolsas de contaminação ao nível das regiões evacuadas junto a Chernobyl. Por exemplo, em Katsurao, a cerca de 25 km da central, a contaminação por Césio 134 e 137 induz uma dose por habitante de cerca de 30 mSv, ou seja 30 vezes a dose autorizada.
Tetsuya Terasawa, o porta-voz da TEPco, a operadora da central de Fukushima, classificou o nível de radiação junto à central equivalente ao dos destroços deixados pelo teste de uma bomba atómica. Tersawa afirmou ainda que existe uma forte probabilidade de ter ocorrido a fusão dos reactores 2 e 3, tal como aconteceu no reactor 1 – a central de Fukushima é composta por quatro reactores. A fusão do combustível no reactor 1 gerou fissuras na estrutura de protecção através das quais se registam fugas de material radioactivo. Suspeitam-se fugas também no reactor 2. A TEPco espera controlar as fugas de radiação até finais de Julho e manter a temperatura dos reactores abaixo de 100°C até Janeiro de 2012. O presidente da TEPco, Masataka Shimizu, demitiu-se após a divulgação de um prejuízo de 11 mil milhões de euros - o pior défice de uma empresa não financeira da história do Japão.
Certamente uma área de algumas centenas de quilómetros quadrados estará vedada à população durante várias décadas com consequências pesadíssimas para a economia e o bem-estar das populações evacuadas e vizinhas da região sinistrada. É uma herança muito pesada para um país em reconstrução de um tsunami violentíssimo, com graves problemas de sustentabilidade energética, com uma economia estagnada há duas décadas e uma dívida pública superior a 200%.
Noutro relatório elaborado pela organização japonesa responsável pelo tratamento dos resíduos nucleares identifica uma região contaminada superior a 600 km2. Fora da zona de exclusão de 20 km foram detectadas bolsas de contaminação ao nível das regiões evacuadas junto a Chernobyl. Por exemplo, em Katsurao, a cerca de 25 km da central, a contaminação por Césio 134 e 137 induz uma dose por habitante de cerca de 30 mSv, ou seja 30 vezes a dose autorizada.
Tetsuya Terasawa, o porta-voz da TEPco, a operadora da central de Fukushima, classificou o nível de radiação junto à central equivalente ao dos destroços deixados pelo teste de uma bomba atómica. Tersawa afirmou ainda que existe uma forte probabilidade de ter ocorrido a fusão dos reactores 2 e 3, tal como aconteceu no reactor 1 – a central de Fukushima é composta por quatro reactores. A fusão do combustível no reactor 1 gerou fissuras na estrutura de protecção através das quais se registam fugas de material radioactivo. Suspeitam-se fugas também no reactor 2. A TEPco espera controlar as fugas de radiação até finais de Julho e manter a temperatura dos reactores abaixo de 100°C até Janeiro de 2012. O presidente da TEPco, Masataka Shimizu, demitiu-se após a divulgação de um prejuízo de 11 mil milhões de euros - o pior défice de uma empresa não financeira da história do Japão.
Certamente uma área de algumas centenas de quilómetros quadrados estará vedada à população durante várias décadas com consequências pesadíssimas para a economia e o bem-estar das populações evacuadas e vizinhas da região sinistrada. É uma herança muito pesada para um país em reconstrução de um tsunami violentíssimo, com graves problemas de sustentabilidade energética, com uma economia estagnada há duas décadas e uma dívida pública superior a 200%.
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