O meu artigo de ontem no portal Esquerda.Net:
Na próxima quarta-feira, dia 23, a Comissão Europeia deverá anunciar a distribuição por país das metas de redução da emissão de gases de efeito de estufa até 2020.
Durante a Conferência sobre as Alterações do Clima que decorreu no passado mês em Bali, a União Europeia comprometeu-se a reduzir até 2020 o total das suas emissões de gases de efeito de estufa em 20%, em relação aos níveis de emissão de 1990. Contudo, comprometeu-se a levar mais longe o esforço de redução, até 30%, se os restantes países industrializados concordarem em atingir a mesma meta e se os países em vias de desenvolvimento adoptarem políticas mais determinadas no combate às alterações do clima.
Para atingir estas metas a UE deverá implementar novas medidas: o aumento da eficiência energética em mais de 20% até 2020, o aumento da fracção de energias renováveis a 20% até à mesma data e dotar as novas centrais de produção de energia com sistemas de captura de dióxido de carbono e com tecnologia de armazenamento de gases. Estas medidas estão a ser debatidas entre a Comissão e os estados membros numa perspectiva de implementação diferenciada em cada país - em função das realidades sócio-económicas de cada estado - que permita ao conjunto dos 27 países da União atingir metas estabelecidas. O tema de debate mais polémico prende-se com a tentativa liderada pela França, e seguida pela Rep. Checa, Eslováquia, Polónia e Lituânia, de atribuir à energia nuclear o mesmo estatuto das energias renováveis no quadro do objectivo de produção de 20% de energias "verdes" até 2020.
As referidas metas de redução de emissões estão associadas ao limite máximo de 2°C estabelecido para o aumento da temperatura do planeta. A partir deste limite da temperatura média global, as alterações do clima poderão desencadear mudanças irreversíveis e catastróficas em todo o planeta. Para que o limite de 2°C não seja ultrapassado, o total de emissões gases de efeito de estufa de todos os países do mundo deverá parar de aumentar até 2020 e deverá ser reduzido para metade dos níveis de 1990 até 2050. Estes valores são o resultado dos cálculos efectuados pelos melhores climatologistas do mundo, após comentários, correcções, aprovação pelos pares e publicação nas melhores revistas científicas da especialidade. Foi em função destes valores que a UE elaborou a sua proposta de Bali. A proposta apela aos países industrializados a redução antecipada até 2020 das suas emissões em 30% em relação a 1990, de modo a dar tempo aos países em vias de desenvolvimento para adoptarem medidas compatíveis com o limite máximo de 2°C da temperatura média global.
Na próxima quarta-feira, dia 23, a Comissão Europeia deverá anunciar a distribuição por país das metas de redução da emissão de gases de efeito de estufa até 2020.
Durante a Conferência sobre as Alterações do Clima que decorreu no passado mês em Bali, a União Europeia comprometeu-se a reduzir até 2020 o total das suas emissões de gases de efeito de estufa em 20%, em relação aos níveis de emissão de 1990. Contudo, comprometeu-se a levar mais longe o esforço de redução, até 30%, se os restantes países industrializados concordarem em atingir a mesma meta e se os países em vias de desenvolvimento adoptarem políticas mais determinadas no combate às alterações do clima.
Para atingir estas metas a UE deverá implementar novas medidas: o aumento da eficiência energética em mais de 20% até 2020, o aumento da fracção de energias renováveis a 20% até à mesma data e dotar as novas centrais de produção de energia com sistemas de captura de dióxido de carbono e com tecnologia de armazenamento de gases. Estas medidas estão a ser debatidas entre a Comissão e os estados membros numa perspectiva de implementação diferenciada em cada país - em função das realidades sócio-económicas de cada estado - que permita ao conjunto dos 27 países da União atingir metas estabelecidas. O tema de debate mais polémico prende-se com a tentativa liderada pela França, e seguida pela Rep. Checa, Eslováquia, Polónia e Lituânia, de atribuir à energia nuclear o mesmo estatuto das energias renováveis no quadro do objectivo de produção de 20% de energias "verdes" até 2020.
As referidas metas de redução de emissões estão associadas ao limite máximo de 2°C estabelecido para o aumento da temperatura do planeta. A partir deste limite da temperatura média global, as alterações do clima poderão desencadear mudanças irreversíveis e catastróficas em todo o planeta. Para que o limite de 2°C não seja ultrapassado, o total de emissões gases de efeito de estufa de todos os países do mundo deverá parar de aumentar até 2020 e deverá ser reduzido para metade dos níveis de 1990 até 2050. Estes valores são o resultado dos cálculos efectuados pelos melhores climatologistas do mundo, após comentários, correcções, aprovação pelos pares e publicação nas melhores revistas científicas da especialidade. Foi em função destes valores que a UE elaborou a sua proposta de Bali. A proposta apela aos países industrializados a redução antecipada até 2020 das suas emissões em 30% em relação a 1990, de modo a dar tempo aos países em vias de desenvolvimento para adoptarem medidas compatíveis com o limite máximo de 2°C da temperatura média global.
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