"4 meses, 3 semanas e 2 dias" do romeno Cristian Mungiu é um filme sobre duas mulheres, uma desenrascada e outra desastrada, que tentam resolver uma situação de aborto na sociedade machista da Roménia de Nicolae Ceauşescu. A crítica ao machismo das sociedades latinas é frio e cortante. O género masculino é representado em rota de colisão com a emancipação feminina. Não há um homem que se aproveite no filme, os que estão presentes, os que estão ausentes e os omnipotentes (Nicolae e camaradas).
Um ponto muito positivo do filme é ausência de crítica explícita ao regime. O divórcio dos cidadãos com o regime é apresentado como ele era vivido no dia-a-dia, em silêncio, através de pequenos actos subversivos, transaccionando no mercado negro e sobretudo através do olhar. O olhar das personagens é o reflexo do clima depressivo da Roménia de Ceauşescu.
Cristian Mungiu é um nome a reter, é um realizador muito bom.
Um ponto muito positivo do filme é ausência de crítica explícita ao regime. O divórcio dos cidadãos com o regime é apresentado como ele era vivido no dia-a-dia, em silêncio, através de pequenos actos subversivos, transaccionando no mercado negro e sobretudo através do olhar. O olhar das personagens é o reflexo do clima depressivo da Roménia de Ceauşescu.
Cristian Mungiu é um nome a reter, é um realizador muito bom.
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