Os assassinos de Deus eram os judeus, segundo a Igreja Católica. E durante séculos foram assassinados muitos judeus (ex: massacre de 4 mil judeus em Lisboa em 1516) e muitos homens que nem judeus eram em nome desta acusação divina.
Leiam agora esta passagem do Insurgente:
"Um povo que foi também vítima de um século que quis, por momentos, matar Deus"
O Insurgente faz frequentemente uso deste léxico, mas com o cuidado de não derrapar para as velhas perseguições (a actual conjuntura não permite), usa-o para as novas perseguições, a matilha anda sedenta de sangue, por exemplo o lobby judeu é substituído pelo lobby gay, acusado e julgado sumariamente com a mesma convicção, o mesmo fanatismo e a mesma intolerância de outrora.
É paradoxal alguém ser acusado de matar algo que não existe, mais paradoxal é quando se mata os que são acusados de matar algo que não existe, é paradoxal mas foi um dos desportos preferidos da Igreja Católica durante séculos...
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