terça-feira, outubro 09, 2007

Espionagem económica Americana na Europa

Este texto e este de Pacheco Pereira vitimizam de uma forma sumária os EUA em relação a supostas más práticas económicas da UE. Como gosto pouco que invertam a realidade, que contem histórias ao contrário, eis ALGUNS dos casos em que empresas europeias foram vítimas de espionagem económica e de concorrência por parte dos EUA e que provocaram prejuízo e desemprego na Europa (ver sub-cap. 10.7 do relatório sobre o sistema de espionagem americano ECHELON):

Airbus
Escuta de faxes e telefonemas (sob o pretexto de suspeição de suborno...) transmitidos às concorrentes norte-americanas Boeing e Mc-Donnell-Douglas tiveram como consequência um negócio de 6 mil milhões de dólares favorável às empresas americanas.

BASF
Roubo da descrição do processo de produção de matéria-prima do creme para a pele da firma BASF (cosméticos).

Ministério da Economia Alemão
Roubo de informações sobre produtos de alta tecnologia no Ministério da Economia

Enercon (Alemanha)
Fotografias de pormenores importantes de parque eólico de alta tecnologia (terminais e platinas) permite o seu patenteamento nos EUA que teve como consequência a suspensão de projectos de penetração da Enercon no mercado americano.

Thomson-Alcatel
Escutas das negociações para a instalação de um sistema de vigilância por radar da floresta tropical brasileira entre a empresa e o governo brasileiro. As informações foram transmitidas à Raytheon que entra na corrida e ganha o contrato com ajuda da pressão de Clinton sob o argumento da suspeita de suborno.


PS- Só me refiro aqui a práticas desleais em que o governo americano recorreu aos serviços secretos, pagos pelos contribuintes para praticar outro tipo actividades - isto passou-se antes do 11 de Setembro. Dou de barato as patifarias e ilegalidades puramente proteccionistas que os EUA têm feito à indústria automóvel europeia, à Airbus, à carne, ao aço, ao cinema, aos queijos, aos vinhos e a uma série de produtos alimentares que têm um aspecto, textura e sabor autêntico, muito diferente da comida de plástico americana. Tudo casos bem diferentes das ilegalidades praticadas (mas defendidas por Pacheco Pereira) por empresas americanas julgadas em tribunais europeus em que estas tiveram total acesso aos melhores advogados, a um julgamento imparcial e a recurso.

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