Portugal paga cotas caríssimas para pertencer a organizações como o ESO, o CERN, a ESA ou o ERSF.
Só à ESA Portugal paga anualmente cerca de 9 milhões de euros. Mas para que os investigadores portugueses possam ter algum retorno da adesão de Portugal a essas organizações o estado português deveria investir pelo menos o mesmo do que paga em cotas. No âmbito da nossa presença na ESA o governo português disponibiliza às instituições nacionais cerca de 3,5 milhões de euros até 2006. Isto dá: 875 000 €/ano. Ou seja cerca de 1/10 do que Portugal paga de cotas à ESA. Para apresentar uma proposta válida à ESA é preciso fazer um "trabalho de casa", ou seja é preciso investigar em áreas dispendiosas durante anos e obter resultados. Para que isso aconteça é preciso que o estado invista nessa área. Além do mais os "Anúncios de Oportunidade" lançados pela ESA exigem frequentemente que o projecto a avaliar seja financiado em parte (pode ser superior a 50%) pelo país do laboratório proponente. Se investimos apenas 1/10 do que pagamos de cotas são os outros membros da ESA que vão aproveitar essas cotas que pagamos pois os investigadores portugueses não têm capacidade de apresentar projectos válidos devido ao insuficiente investimento do estado português nessas áreas de investigação. Isto mesmo foi dito por Marcello Coradini representante da ESA presente na Escola de Verão Interdisciplinar sobre o Sistema Solar que está a decorrer esta semana em Coimbra.
Por exemplo Portugal optou por não participar no programa da ESA de Observação da Terra que seria uma ferramenta muito valiosa para a ajuda no combate aos incêndios. Lá vamos nós dar aos fogos!
Não são opções inteligentes pois não? Infelizmente isto é o que se passa em relação à ESA, mas em relação às outras organizações passa-se mais ou menos a mesmo coisa...
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