(Publicado no portal Esquerda.net)
A progressiva diminuição dos gelos polares ocasionada pelo aquecimento global revelou um novo perigo que poderá reforçar o efeito de estufa: o metano. O metano é um gás cuja capacidade para reter o calor do Sol é 25 vezes superior ao CO2. No fundo dos lagos gelados do Árctico estão acumuladas cerca de 50 mil milhões de toneladas de metano - 10 vezes mais do que o metano concentrado na atmosfera que contribui actualmente para o efeito de estufa. À medida que esses lagos foram perdendo as suas coberturas de gelo, os restos de animais e plantas existentes no fundo descongelaram e foram processados por bactérias produzindo-se deste modo quantidades consideráveis de metano.
Nalgumas regiões esse metano já foi produzido noutras eras e encontra-se logo abaixo da camada de gelo superficial. Basta furar o gelo para haver libertação de metano. Foi assim, ao furar a cobertura de gelo de um pequeno lago siberiano, que a investigadora Katey Walter descobriu uma impressionante libertação de gás. Katey acendeu um fósforo em frente ao furo acendendo-se uma chama semelhante à produzida por um gigantesco bico fogão. Graças ao trabalho continuado desta investigadora durante os últimos sete anos, sabemos hoje que esse metano está a ser libertado para a atmosfera a uma taxa crescente de ano para ano. Mesmo em pequenas quantidades esse metano tem um alto poder para agravar o efeito de estufa, contribuindo para o aquecimento global e acelerando o degelo desses lagos, aumentando assim a quantidade de metano libertada para a atmosfera. Esta espiral de emissão de metano funciona em regime de realimentação positiva, acelerando à medida que o tempo passa.
A concentração de metano na atmosfera é hoje cerca de 1700 ppm (partes por milhão) o que corresponde a mais do dobro da concentração no inicio da era industrial (cerca de 800 ppm). No entanto, a concentração de metano medida na atmosfera teve um crescimento ainda mais rápido entre 2006 e 2008 do que nos anos anteriores, correspondendo ao considerável degelo registado no Árctico na ultima década.
Estas medidas mostram que a perigosa espiral de emissão de metano parece já estar em franca progressão. Mais um motivo para agirmos rapidamente contra o aquecimento global. Se cruzarmos os braços corremos o risco de a libertação de metano e o aquecimento global tomarem proporções incontroláveis.
A progressiva diminuição dos gelos polares ocasionada pelo aquecimento global revelou um novo perigo que poderá reforçar o efeito de estufa: o metano. O metano é um gás cuja capacidade para reter o calor do Sol é 25 vezes superior ao CO2. No fundo dos lagos gelados do Árctico estão acumuladas cerca de 50 mil milhões de toneladas de metano - 10 vezes mais do que o metano concentrado na atmosfera que contribui actualmente para o efeito de estufa. À medida que esses lagos foram perdendo as suas coberturas de gelo, os restos de animais e plantas existentes no fundo descongelaram e foram processados por bactérias produzindo-se deste modo quantidades consideráveis de metano.
Nalgumas regiões esse metano já foi produzido noutras eras e encontra-se logo abaixo da camada de gelo superficial. Basta furar o gelo para haver libertação de metano. Foi assim, ao furar a cobertura de gelo de um pequeno lago siberiano, que a investigadora Katey Walter descobriu uma impressionante libertação de gás. Katey acendeu um fósforo em frente ao furo acendendo-se uma chama semelhante à produzida por um gigantesco bico fogão. Graças ao trabalho continuado desta investigadora durante os últimos sete anos, sabemos hoje que esse metano está a ser libertado para a atmosfera a uma taxa crescente de ano para ano. Mesmo em pequenas quantidades esse metano tem um alto poder para agravar o efeito de estufa, contribuindo para o aquecimento global e acelerando o degelo desses lagos, aumentando assim a quantidade de metano libertada para a atmosfera. Esta espiral de emissão de metano funciona em regime de realimentação positiva, acelerando à medida que o tempo passa.
A concentração de metano na atmosfera é hoje cerca de 1700 ppm (partes por milhão) o que corresponde a mais do dobro da concentração no inicio da era industrial (cerca de 800 ppm). No entanto, a concentração de metano medida na atmosfera teve um crescimento ainda mais rápido entre 2006 e 2008 do que nos anos anteriores, correspondendo ao considerável degelo registado no Árctico na ultima década.
Estas medidas mostram que a perigosa espiral de emissão de metano parece já estar em franca progressão. Mais um motivo para agirmos rapidamente contra o aquecimento global. Se cruzarmos os braços corremos o risco de a libertação de metano e o aquecimento global tomarem proporções incontroláveis.
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