(Artigo publicado no Diário de Notícias)
Até ao início do séc. XVII, quando Galileu realizou as primeiras observações do sistema solar graças a uma luneta, o conhecimento do universo dependia exclusivamente da observação do céu a olho nu. Depois da luneta de Galileu surgiu o telescópio que foi evoluindo até ao séc. XX, altura em que apareceram novos instrumentos de observação, telescópios capazes de observar o universo em todo o espectro electromagnético, inclusivamente em comprimentos de onda invisíveis aos nossos olhos.
A atmosfera terrestre absorve parte dos infravermelhos e absorve totalmente raios X e raios gama. Por isso, na segunda metade do século passado, o homem iniciou o envio de telescópios para o espaço com intuito de observar o Universo nestes comprimentos de onda, como o XMM (raios X) ou o INTEGRAL (raios gama) da ESA. Também foram concebidos telescópios espaciais para luz visível, como o telescópio Hubble, tirando partido da vantagem de as observações no espaço não serem afectadas pelas distorções geradas pela agitação atmosférica.
Até ao início do séc. XVII, quando Galileu realizou as primeiras observações do sistema solar graças a uma luneta, o conhecimento do universo dependia exclusivamente da observação do céu a olho nu. Depois da luneta de Galileu surgiu o telescópio que foi evoluindo até ao séc. XX, altura em que apareceram novos instrumentos de observação, telescópios capazes de observar o universo em todo o espectro electromagnético, inclusivamente em comprimentos de onda invisíveis aos nossos olhos.
A atmosfera terrestre absorve parte dos infravermelhos e absorve totalmente raios X e raios gama. Por isso, na segunda metade do século passado, o homem iniciou o envio de telescópios para o espaço com intuito de observar o Universo nestes comprimentos de onda, como o XMM (raios X) ou o INTEGRAL (raios gama) da ESA. Também foram concebidos telescópios espaciais para luz visível, como o telescópio Hubble, tirando partido da vantagem de as observações no espaço não serem afectadas pelas distorções geradas pela agitação atmosférica.
"Gasta-se tanto dinheiro na astronomia com que benefício para o contribuinte?" Este é um tipo de questão frequente que o cidadão comum ou os responsáveis políticos colocam aos astrónomos. Justamente, um dos domínios da astronomia com maior retorno e impacto na sociedade tem sido o desenvolvimento de instrumentação: telescópios terrestres e espaciais, antenas, sensores, dispositivos eléctricos e mecânicos, robôs, etc. Recentemente, a NASA criou um sítio na internet (http://www.nasa.gov/city/) onde são ilustradas as principais tecnologias empregadas no quotidiano com origem na investigação em instrumentação. Dessa investigação surgiram sistemas para evitar colisões aéreas, painéis de controlo digitais, ecrãs plasma, capacetes de ciclismo, sensores de ritmo cardíaco, sistemas de detecção remota de incêndios, fatos anti--incêndio para bombeiros, sistema de neutralização de minas terrestres sem detonação, próteses para articulações, liofilização de alimentos, electrodomésticos sem fios, fatos de competição para natação, máquinas fotográficas digitais, etc.
Em 2009 celebra-se o Ano Internacional da Astronomia cujo principal objectivo é divulgar a astronomia em todo o planeta. Em Portugal decorrem várias iniciativas desde o início do ano. A iniciativa "E agora eu sou Galileu" destina-se a recriar as principais observações realizadas por Galileu há cerca de 400 anos, destacando a importância dos instrumentos para astronomia e para o conhecimento do universo. Reproduzindo as principais descobertas de Galileu, o participante poderá observar: as fases de Vénus, os satélites de Júpiter, Saturno, as crateras da Lua, manchas solares e a Via Láctea. Seja Galileu por um dia e participe!
* Victor Hugo em "Oceano"
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