Tal como tinha prometido aqui ficam umas linhas sobre os eurodeputados que considero terem feito um bom trabalho neste último mandato do Parlamento Europeu:
A eurodeputada Ana Gomes foi considerada a Activista do Ano em 2008 pela revista "The Parliament Magazine". Este prémio diz muito sobre o trabalho da Ana Gomes e quem segue o trabalho do Parlamento Europeu conhece o seu empenhamento nas relações com África, em particular com a Somália e a Etiópia, com reconhecimento efectivo dos seus esforços nessas regiões. Um colega que apanhou um táxi à sorte em Nova Iorque descreveu-me o entusiasmo e a admiração do taxista, que era originário da Etiópia, pelo trabalho da Ana Gomes quando o meu colega referiu que era português. Nem sequer passou pela cabeça do taxista invocar o Ronaldo, como costuma ser hábito.
As suas posições sobre o transporte de prisioneiros para Guantanamo foram corajosas e acertadas, facto que lhe custou certamente a posição de cabeça de lista do PS que deveria ser naturalmente sua.
A Assunção Esteves é provavelmente o eurodeputado que mais sabe sobre a União Europeia. Aprecio a maneira como embaraça os seus adversários políticos nos debates do "Eurodeputados" da RTP2 corrigindo-lhes erros e imprecisões que resultam do desconhecimento dos tratados e da legislação europeia. Quando vivi fora do país tive o privilégio de ver a Assunção Esteves em acção na ausência de microfones e de holofotes das televisões em encontros com emigrantes. Às difíceis perguntas práticas que os emigrantes colocavam aos eurodeputados e que faziam silenciar "as estrelas" do seu partido, era a Assunção Esteves que respondia com prontidão e clareza, lá da segunda fila. E isto repetia-se, uma, duas, três ou mais vezes, de tal forma que a Assunção Esteves criava uma empatia natural entre os emigrantes presentes, a reacção exactamente contrária que geravam "as estrelas" do seu partido.
Porque é que a Assunção Esteves nem sequer faz parte da lista do PSD a estas europeias? Talvez por causa disto. Da higiene política do atlantismo radical que influencia toda a actual política internacional do PSD.
Sou suspeito para vender os méritos do Miguel Portas como eurodeputado, o Miguel é um amigo. Para além disso ajudei-o humildemente durante o seu mandato em assuntos específicos que envolviam investigação, ambiente e energia. Assisti por dentro ao trabalho do Miguel e da sua equipa submergidos em dossiers, dado ser o único eurodeputado do BE. Ainda assim, o Miguel produziu mais trabalho político do que a maioria dos eurodeputados que militam nos grandes grupos políticos. Apresentou uma iniciativa à Comissão que visa melhorar a integração nas escolas de alunos das comunidades imigrantes. Uma iniciativa de que poderão beneficiar duplamente os portugueses, por termos passado a ser um país de acolhimento de imigrantes e porque ainda temos uma das maiores comunidades de emigrantes espalhadas por vários países da UE.
Espero que a Marisa Matias seja eleita e o próximo mandato possa ser ainda mais profícuo.
A eurodeputada Ana Gomes foi considerada a Activista do Ano em 2008 pela revista "The Parliament Magazine". Este prémio diz muito sobre o trabalho da Ana Gomes e quem segue o trabalho do Parlamento Europeu conhece o seu empenhamento nas relações com África, em particular com a Somália e a Etiópia, com reconhecimento efectivo dos seus esforços nessas regiões. Um colega que apanhou um táxi à sorte em Nova Iorque descreveu-me o entusiasmo e a admiração do taxista, que era originário da Etiópia, pelo trabalho da Ana Gomes quando o meu colega referiu que era português. Nem sequer passou pela cabeça do taxista invocar o Ronaldo, como costuma ser hábito.
As suas posições sobre o transporte de prisioneiros para Guantanamo foram corajosas e acertadas, facto que lhe custou certamente a posição de cabeça de lista do PS que deveria ser naturalmente sua.
A Assunção Esteves é provavelmente o eurodeputado que mais sabe sobre a União Europeia. Aprecio a maneira como embaraça os seus adversários políticos nos debates do "Eurodeputados" da RTP2 corrigindo-lhes erros e imprecisões que resultam do desconhecimento dos tratados e da legislação europeia. Quando vivi fora do país tive o privilégio de ver a Assunção Esteves em acção na ausência de microfones e de holofotes das televisões em encontros com emigrantes. Às difíceis perguntas práticas que os emigrantes colocavam aos eurodeputados e que faziam silenciar "as estrelas" do seu partido, era a Assunção Esteves que respondia com prontidão e clareza, lá da segunda fila. E isto repetia-se, uma, duas, três ou mais vezes, de tal forma que a Assunção Esteves criava uma empatia natural entre os emigrantes presentes, a reacção exactamente contrária que geravam "as estrelas" do seu partido.
Porque é que a Assunção Esteves nem sequer faz parte da lista do PSD a estas europeias? Talvez por causa disto. Da higiene política do atlantismo radical que influencia toda a actual política internacional do PSD.
Sou suspeito para vender os méritos do Miguel Portas como eurodeputado, o Miguel é um amigo. Para além disso ajudei-o humildemente durante o seu mandato em assuntos específicos que envolviam investigação, ambiente e energia. Assisti por dentro ao trabalho do Miguel e da sua equipa submergidos em dossiers, dado ser o único eurodeputado do BE. Ainda assim, o Miguel produziu mais trabalho político do que a maioria dos eurodeputados que militam nos grandes grupos políticos. Apresentou uma iniciativa à Comissão que visa melhorar a integração nas escolas de alunos das comunidades imigrantes. Uma iniciativa de que poderão beneficiar duplamente os portugueses, por termos passado a ser um país de acolhimento de imigrantes e porque ainda temos uma das maiores comunidades de emigrantes espalhadas por vários países da UE.
Espero que a Marisa Matias seja eleita e o próximo mandato possa ser ainda mais profícuo.
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