(Publicado no Portal Esquerda.net)
Desde 1750, a acidez média dos oceanos aumentou cerca de 30%. Este aumento resulta da emissão de dióxido de carbono (CO2) para a atmosfera produzido pela actividade humana desde o início da era industrial. A subida vertiginosa da concentração de CO2 na atmosfera tem contribuído também para o aumento do efeito de estufa da atmosfera terrestre e deste modo para o aquecimento global da Terra, mas os seus efeitos negativos não se ficam por aqui. Hoje em dia os cerca de 25 milhões de toneladas de CO2 que se combinam por dia com a água dos oceanos produzem ácido carbónico, diminuindo progressivamente o pH dos oceanos. Desde 1750, os nossos oceanos absorveram cerca de um terço do CO2 emitido pelo homem diminuindo o pH médio da água de 8,16 no início do século XIX para 8,05 no século XXI. Estima-se que o pH poderá descer para 7,6 em 2100 se forem mantidas as taxas actuais de emissão de CO2.
Os primeiros estudos da acidificação da água dos oceanos são recentes, começaram há cerca de 20 anos e os primeiros resultados foram publicados há cerca de 15 anos. Apesar de se tratar de uma área de estudo muito recente, os resultados obtidos até hoje são assustadoramente concludentes. O aumento de acidez da água afecta de uma forma clara organismos que produzem conchas, carapaças e esqueletos de calcário, tais como os moluscos e os corais e afectam também a base da cadeia alimentar dos oceanos: o plâncton. Em trabalhos científicos recentes realizados no Reino Unido e em França observou-se um pH ácido, cerca de 6, no aparelho digestivo dos moluscos capturados em zonas onde o mar apresenta um pH da ordem de 7, mais ácido do que a média global dos oceanos. A acidez do aparelho digestivo estava a causar a sua morte. Observou-se também que o aumento da acidez diminui a taxa de produção de calcário das conchas dos moluscos, contribuindo para que esta defesa vital destes organismos se torne muito mais frágil.
O Laboratório de Oceanografia de Villefranche-sur-Mer em França e a Universidade de Plymouth no Reino Unido são as instituições que têm realizado os trabalhos mais importantes neste domínio. A opinião dos investigadores destas instituições é clara e unânime e vai no sentido de que se não reduzirmos drasticamente as nossas emissões de CO2 afectaremos de uma forma catastrófica os ecossistemas dos nossos oceanos.
Desde 1750, a acidez média dos oceanos aumentou cerca de 30%. Este aumento resulta da emissão de dióxido de carbono (CO2) para a atmosfera produzido pela actividade humana desde o início da era industrial. A subida vertiginosa da concentração de CO2 na atmosfera tem contribuído também para o aumento do efeito de estufa da atmosfera terrestre e deste modo para o aquecimento global da Terra, mas os seus efeitos negativos não se ficam por aqui. Hoje em dia os cerca de 25 milhões de toneladas de CO2 que se combinam por dia com a água dos oceanos produzem ácido carbónico, diminuindo progressivamente o pH dos oceanos. Desde 1750, os nossos oceanos absorveram cerca de um terço do CO2 emitido pelo homem diminuindo o pH médio da água de 8,16 no início do século XIX para 8,05 no século XXI. Estima-se que o pH poderá descer para 7,6 em 2100 se forem mantidas as taxas actuais de emissão de CO2.
Os primeiros estudos da acidificação da água dos oceanos são recentes, começaram há cerca de 20 anos e os primeiros resultados foram publicados há cerca de 15 anos. Apesar de se tratar de uma área de estudo muito recente, os resultados obtidos até hoje são assustadoramente concludentes. O aumento de acidez da água afecta de uma forma clara organismos que produzem conchas, carapaças e esqueletos de calcário, tais como os moluscos e os corais e afectam também a base da cadeia alimentar dos oceanos: o plâncton. Em trabalhos científicos recentes realizados no Reino Unido e em França observou-se um pH ácido, cerca de 6, no aparelho digestivo dos moluscos capturados em zonas onde o mar apresenta um pH da ordem de 7, mais ácido do que a média global dos oceanos. A acidez do aparelho digestivo estava a causar a sua morte. Observou-se também que o aumento da acidez diminui a taxa de produção de calcário das conchas dos moluscos, contribuindo para que esta defesa vital destes organismos se torne muito mais frágil.
O Laboratório de Oceanografia de Villefranche-sur-Mer em França e a Universidade de Plymouth no Reino Unido são as instituições que têm realizado os trabalhos mais importantes neste domínio. A opinião dos investigadores destas instituições é clara e unânime e vai no sentido de que se não reduzirmos drasticamente as nossas emissões de CO2 afectaremos de uma forma catastrófica os ecossistemas dos nossos oceanos.
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