Leiam primeiro este artigo do Luciano Amaral.
O anti-europeísmo do autor já era sobejamente conhecido, mas desta vez a ansiedade e o frenesim de atacar a Europa a qualquer custo fez o autor espalhar-se ao comprido como já não se via há muito em artigos publicados na imprensa nacional. É verdade que o articulista teve azar. Mal o artigo saiu para as bancas, o Supremo Tribunal dos EUA tomou uma decisão que se poderia classificar no mínimo como irresponsáveis atitudes europeias face aos EUA, isto utilizando palavras do próprio autor. Obviamente que estamos todos a imaginar os 5 magistrados americanos que votaram a decisão equipados de keffieh e de boina à Che. O problema é que os EUA são um país mais democrático do que o Luciano Amaral e George W. Bush gostariam.
Depois o artigo tem passagens como esta:
"Bush afirmou não se importar de fechar Guantánamo, embora antes fosse preciso saber o que fazer com aqueles 500 prisioneiros, que ninguém quer propriamente ver por aí à solta."
Claro, só Guantánamo pode reter 500 prisioneiros daqueles. Estes Jordanos, Paquistaneses, Tunisinos, etc. do piorio, piores que o supervilão magneto da Marvel, são tipos para dobrar as barras de aço de uma prisão de um regime democrático só com o poder da mente, realmente só Guantánamo é que os impede de andar aí solta. Até porque os 0,7% da população americana que se encontra a cumprir pena de prisão é tudo malta branda, os cerca de 10 mil assassínios com armas de fogo anuais nos EUA é coisa sem significado.
Este é provavelmente o pior artigo do ano. Porquê? Leiam esta:
"Não se pode evidentemente dizer que tudo o que os EUA fazem é bem feito. Mas o que fazem tem a vantagem de corresponder a uma tentativa de utilizar os meios apropriados para aplicar uma política."
Este tipo de argumentos justificam tudo, desde o Gulag à Santa Inquisição.
Magneto, um dos 500 perigosíssimos prisioneiros de Guantánamo, dobra barras de metal com o pensamento e faz bolinhas com a boca. Não percam o próximo número: os super-heróis Luciano Amaral e George W. Bush vão parti-los todos!
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