A forma como Fabio Grosso comemorou o golo contra a Alemanha (foto FIFA) fez lembrar em tudo, o mesmo gesto aquando do golo de Tardelli contra a mesma Alemanha na final de 82. O José Mário Silva também topou a semelhança. Na altura, em plena euforia, enquanto comemorava o golo, Tardelli berrou "maammaaa maammaaa", ensaiando uma expressão facial que fazia lembrar um bebé chorão a precisar de colo urgentemente. Não consegui perceber se Fabio Grosso também gritou pela mãe quando marcou o golo de passada terça, mas o gesto foi tão semelhante que desconfio que havia ali uma figura feminina para o colo da qual Fabio corria. Outro grande jogador que grita pela mãe que nem um perdido ao comemorar um golo é Filippo Inzaghi. Quem observa a forma como Inzaghi vive os jogos, com aquele fervor fora de comum, entrando a fundo em todas as jogadas, percebe que há uma figura feminia forte na mente do jogador, que o faz jogar mais do que as pernas deixam. Embora Inzaghi seja o expoente máximo desta forma de viver o jogo, uma boa parte dos grandes jogadores italianos jogam para a mãe, ou para a namorada, ou para uma bella donna que os observa na bancada ou na televisão. Aprecio o charme desta forma quase primitiva de viver o futebol, esse moderno e popular substituto da caça dos tempos em que errávamos na estepe. Nesses tempos também caçávamos para elas, sobretudo para elas.
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