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Soheib Bencheikh, investigador de ciências islâmicas e ex-mufti de Marselha, é o convidado do excelente
Fórum dos Europeus do canal ARTE, hoje às 18.00. Frequentemente, os meios de comunicação em busca de sensacionalismo e de vendas fáceis acabam por atiçar os espíritos dando a voz aos representantes islâmicos mais radicais. A ARTE ao convidar Soheib Bencheikh faz o contrário e dá voz a um Islão moderno e moderado, coisa rara em televisão. Soheib Bencheikh já tinha brilhado no
excelente debate sobre as caricaturas moderado por Cohn Bendit na ARTE. É imperativo ouvir Soheib Bencheikh sobre a importância das caricaturas na religião islâmica, que é quase nenhuma ao contrário do que se possa pensar. Segundo o investigador Soheib Bencheikh a interdição da representação de figuras humanas teve apenas importância no período em que Maomé pretendeu erradicar a idolatria de estatuetas e de figuras entre o seu povo. Depois desse período o Islão foi das poucas religiões em que a representação ícones e figuras se manteve praticamente residual até aos dias de hoje. Actualmente, só uma interpretação deturpada e mal intencionada do Islão pode atribuir um significado blasfematório às caricaturas, significado esse que elas de facto não possuem.
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