A disputa e debate pela candidatura presidencial no seio do PSF fornece-nos um exemplo do ambiente político dominado pela mentalidade masculina mesmo num cenário de quotas e num partido que tradicionalmente respeita as mulheres que fazem política, como é o caso do PSF. Depois de ouvir e ler vários comentários sobre as candidaturas, registei uma análise tosca e tipicamente masculina que se começa a desenvolver, que é mais ou menos a seguinte: Ségolène Royal é a direita do PSF, Strauss-Kahn e Lang são o centro do PSF e Laurent Fabius é a esquerda do PSF. A melhor maneira de interpretar estes comentários é recorrendo ao universo da política do urinol.
Política do urinol ou o pilómetro:
Um fenómeno sobejamente estudado pela psicologia da sexualidade masculina é o trauma do urinol. Frequentemente, os homens que se deslocam a um urinol público para fazer o seu chichizinho deitam um olhar rápido e discreto à pila dos parceiros do lado com o único intuito de comparar o tamanho das pilas. Como a sexualidade dos homens é centrada sobre o pénis este fenómeno é absolutamente normal. O problema é que as ramificações do trauma da pila se estendem a muitas outras áreas, inclusivamente à política. Nos partidos de esquerda não existe nada melhor que substituir a competição do tamanho da pila pela competição do "tipo mais à esquerda". Por exemplo, a frase "eu sou mais à esquerda que fulano X" na esmagadora maioria dos casos significa: "eu tenho uma pila maior que a pila de fulano X". Assim sendo, o que a análise aos candidatos do PSF acima descrita realmente significa é:
- Ségolène Royal não tem pila, nem veste batas maoistas, nem corta o cabelo à condutora de tractores soviéticos, logo é a direita do PSF.
- Strauss-Kahn e Jack Lang são uns tipos com ar de ponderados e de estudiosos, logo ambos são o centro do PSF e têm a pila pequena!
- Laurent Fabius apoia (de uma forma oportunista) o PSF mais ruidoso, de linguagem mais agressiva e populista, logo é a esquerda do PSF e tem a pila grande!
Quando o ambiente político é dominado pelos homens este tipo de análises políticas sumárias e abjectas são muito comuns e no fundo são uma maneira de impor quotas masculinas de uma forma encapotada. É muito fácil para os homens de produzir um ambiente de quotas masculinas encapotadas, bastando para tal aumentar o volume e a agressividade dos discursos e fazer umas poses ameaçadoras.
Política do urinol ou o pilómetro:
Um fenómeno sobejamente estudado pela psicologia da sexualidade masculina é o trauma do urinol. Frequentemente, os homens que se deslocam a um urinol público para fazer o seu chichizinho deitam um olhar rápido e discreto à pila dos parceiros do lado com o único intuito de comparar o tamanho das pilas. Como a sexualidade dos homens é centrada sobre o pénis este fenómeno é absolutamente normal. O problema é que as ramificações do trauma da pila se estendem a muitas outras áreas, inclusivamente à política. Nos partidos de esquerda não existe nada melhor que substituir a competição do tamanho da pila pela competição do "tipo mais à esquerda". Por exemplo, a frase "eu sou mais à esquerda que fulano X" na esmagadora maioria dos casos significa: "eu tenho uma pila maior que a pila de fulano X". Assim sendo, o que a análise aos candidatos do PSF acima descrita realmente significa é:
- Ségolène Royal não tem pila, nem veste batas maoistas, nem corta o cabelo à condutora de tractores soviéticos, logo é a direita do PSF.
- Strauss-Kahn e Jack Lang são uns tipos com ar de ponderados e de estudiosos, logo ambos são o centro do PSF e têm a pila pequena!
- Laurent Fabius apoia (de uma forma oportunista) o PSF mais ruidoso, de linguagem mais agressiva e populista, logo é a esquerda do PSF e tem a pila grande!
Quando o ambiente político é dominado pelos homens este tipo de análises políticas sumárias e abjectas são muito comuns e no fundo são uma maneira de impor quotas masculinas de uma forma encapotada. É muito fácil para os homens de produzir um ambiente de quotas masculinas encapotadas, bastando para tal aumentar o volume e a agressividade dos discursos e fazer umas poses ameaçadoras.
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