A nova eólica flutuante inaugurada esta semana perto do fiorde Åmøy é constituída por uma turbina de 2,3 MW, uma torre de 65 metros, rotores de 80 metros e pesa cerca de 5300 toneladas. Foi instalada pela empresa norueguesa StatoilHydro, que resultou da fusão entre a Norsk Hydro, uma empresa de energias renováveis, e a Statoil, uma empresa petrolífera. Curiosamente o desenho da plataforma flutuante deste projecto resulta da experiência no sector petrolífero da referida empresa, da tecnologia de plataformas marítimas de exploração de petróleo. A Hywind é apenas uma eólica piloto que será testada durante dois anos. O objectivo dos testes será optimizar este tipo de eólicas marítimas para que no futuro possam contribuir efectivamente para uma produção significativa de energia limpa. Em particular será estudada a forma como o vento e as ondas afectarão a estrutura. Actualmente, o investimento neste projecto já se cifra em cerca de 400 milhões de coroas norueguesas (~ 45 milhões de euros).
Naturalmente, este tipo de projectos interessam um país como Portugal, que possui cerca de 800 quilómetros de costa. No entanto, o Hywind ainda apresenta algumas limitações técnicas que poderão condicionar a sua hipotética utilização e a sua viabilidade económica no caso português. Por exemplo, o intervalo de profundidade do mar adequado a este tipo de eólica situa-se entre os 120 e os 700 metros. Além disso, a distância à costa deve ser a mais curta possível para evitar perdas no transporte de energia. A viabilidade de eólicas marítimas na costa portuguesa começou a ser estudada em meados deste ano através do projecto wind@sea, financiado pela Galp Energia, com o intuito de identificar, seleccionar e caracterizar locais para a instalação de parques eólicos no mar, atendendo às restrições de ordem técnica e ambiental. O consórcio responsável por este projecto envolve ainda o Laboratório Nacional de Energia e Geologia, o Instituto Hidrográfico e o Instituto Nacional de Engenharia e Gestão Industrial. Em breve, poderemos estimar com maior certeza a viabilidade de eólicas marítimas ao largo da nossa costa. Em caso positivo, restará a vontade política...
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