Um país que tem uma das taxas de produtividade mais baixas da UE, cujos os empresários apresentam as qualificações mais baixas e cujos salários são acima dos salários de empresários de países ricos, altamente qualificados, com taxas de produtividade das mais elevadas do mundo, este país, é um país pouco sério. Mas o pior, o que é mais deprimente, é uma parte da oposição, da oposição crítica, não dar importância ao facto, é ouvirmos uma Quadratura do Círculo onde são condenadas as palavras de Cavaco quando este advertiu que os rendimentos de altos dirigentes de empresas são "injustificados e desproporcionados, face aos salários médios dos seus trabalhadores". Que raio de país é este, que raio de oposição crítica é esta, que raio de sentido crítico é este?!
Vivemos centrados na oposição ao superficial, às gravatas e ao fato de Sócrates, aos cartazes da West Coast, à banalidade sobre o primeiro-ministro nos media e esquecemos questões importantíssimas, esquecemos os roubos gigantescos que passam através de paraísos fiscais, esquecemos o abandono escolar, esquecemos o baixíssimo nível educacional e pior que tudo, tapamos os olhos às disfuncões terríveis das nossas empresas, aos "rendimentos" desproporcionados. Esses "rendimentos" que não são pequenas percentagens, que não são limitados a um ou a outro empresário, que se estendem a uma boa fatia de quadros das empresas cotadas em bolsa, que são "rendimentos" vestidos de acções, de títulos, de bónus, de viagens e de contas bancárias e investimentos semi-informais.
Este estado de pasmaceira crítica em que vivemos teve o seu ponto alto nesta entrevista realizada pelo Expresso a António Barreto e a Pacheco Pereira (lá iremos). Aquela que deveria ser A análise crítica do ano, é um momento político deprimente em que os intervenientes se perdem nas inevitáveis banalidades sobre Sócrates. Dá vontade de sair do país, de deixar isto entregue à bicharada. Se esta oposição é representativa de uma parte da oposição crítica que temos, isto mete medo!
Vivemos centrados na oposição ao superficial, às gravatas e ao fato de Sócrates, aos cartazes da West Coast, à banalidade sobre o primeiro-ministro nos media e esquecemos questões importantíssimas, esquecemos os roubos gigantescos que passam através de paraísos fiscais, esquecemos o abandono escolar, esquecemos o baixíssimo nível educacional e pior que tudo, tapamos os olhos às disfuncões terríveis das nossas empresas, aos "rendimentos" desproporcionados. Esses "rendimentos" que não são pequenas percentagens, que não são limitados a um ou a outro empresário, que se estendem a uma boa fatia de quadros das empresas cotadas em bolsa, que são "rendimentos" vestidos de acções, de títulos, de bónus, de viagens e de contas bancárias e investimentos semi-informais.
Este estado de pasmaceira crítica em que vivemos teve o seu ponto alto nesta entrevista realizada pelo Expresso a António Barreto e a Pacheco Pereira (lá iremos). Aquela que deveria ser A análise crítica do ano, é um momento político deprimente em que os intervenientes se perdem nas inevitáveis banalidades sobre Sócrates. Dá vontade de sair do país, de deixar isto entregue à bicharada. Se esta oposição é representativa de uma parte da oposição crítica que temos, isto mete medo!
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