A história da universidade privada em Portugal é uma triste história. Salvo algumas honrosas excepções, como a Católica, a generalidade das universidades privadas nacionais vivem da ganância, da chulice à custa dos alunos e do xico-espertismo dos seus gestores. Por exemplo, a investigação - uma das tarefas fundamentais de uma universidade - é praticamente inexistente no ensino privado. Quer isto dizer que o contributo das universidades privadas para o conhecimento da sociedade portuguesa é quase nulo, as privadas funcionam como se fossem escolas secundárias para meninos com mais de 18 anos. Mais grave ainda é que estas instituições nem se podem queixar de falta de verbas para a investigação. Basta ver o número de projectos propostos por universidades privadas ao último concurso aberto a todas as áreas da Fundação para a Ciência e a Tecnologia para percebermos o desinteresse brutal destas instituições pela investigação.
Como é que se resolve o assunto?
Definindo critérios claros sobre as funções e os objectivos de cada tipo de instituição de ensino superior (sobre formação, serviço à sociedade e investigação), elevando a fasquia dos critérios de avaliação e aumentando a frequência das inspecções ao trabalho das instituições. Depois é fechar o que se tiver de fechar, doa a quem doer, este é um assunto demasiado sério para se dar o benefício da dúvida a xico-espertos.
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