Quando estudei em Estrasburgo tive a oportunidade de assistir a dois debates sobre a Europa com a participação de François Bayrou - um deles muito bom, com Cohn-Bendit. Bayrou é um político de centro-direita, com o qual discordo da sua visão sobre o papel da família na sociedade, sobre o trabalho, sobre a economia, mas algo que merece a minha total simpatia é o seu europeísmo. Bayrou é um dos poucos políticos europeus que olha para lá do seu quintal e que já percebeu quase tudo sobre o papel importantíssimo que a Europa deve desempenhar na política mundial das próximas décadas. O desastre iraquiano, a nova guerra fria que os EUA querem impor à Europa, o aquecimento global e a reformulação da OMC, são desafios da política europeia aos quais Bayrou é sensível e que são objecto do seu discurso corrente.
Bayrou foi o político mais incisivo no ataque a Nicolas Sarkozy, identificando bem a perigosidade da sua candidatura. Sarkozy é um político que aproveita habilmente os ódios inter-comunitários para fazer política, muito ao jeito de Aznar. Com Sarkozy todos os ódios vão ter salvo-conduto, assanhando cidadãos contra cidadãos, comunidades religiosas contra comunidades religiosas, maiorias contra minorias, tal como Aznar se empenhou em assanhar bascos contra bascos-castelhanos, castelhanos contra bascos e castelhanos contra todas as comunidades de Espanha.
Os 18% da primeira volta deram honras quase de chefe de estado à sua declaração de ontem. Apesar de não ter dado indicação de voto para a segunda volta, Bayrou voltou a deixar clara a perigosidade do projecto de sociedade do seu parceiro de coligação governamental, Nicolas Sarkozy. As críticas de Bayrou a Ségolène foram muito mais brandas e uma aproximação entre os dois tem estado a ser concebida através de uma fórmula de debates sobre aspectos políticos específicos entre Bayrou e Ségolène. Pode estar aqui a chave para a recuperação de Ségolène.
Bayrou foi o político mais incisivo no ataque a Nicolas Sarkozy, identificando bem a perigosidade da sua candidatura. Sarkozy é um político que aproveita habilmente os ódios inter-comunitários para fazer política, muito ao jeito de Aznar. Com Sarkozy todos os ódios vão ter salvo-conduto, assanhando cidadãos contra cidadãos, comunidades religiosas contra comunidades religiosas, maiorias contra minorias, tal como Aznar se empenhou em assanhar bascos contra bascos-castelhanos, castelhanos contra bascos e castelhanos contra todas as comunidades de Espanha.
Os 18% da primeira volta deram honras quase de chefe de estado à sua declaração de ontem. Apesar de não ter dado indicação de voto para a segunda volta, Bayrou voltou a deixar clara a perigosidade do projecto de sociedade do seu parceiro de coligação governamental, Nicolas Sarkozy. As críticas de Bayrou a Ségolène foram muito mais brandas e uma aproximação entre os dois tem estado a ser concebida através de uma fórmula de debates sobre aspectos políticos específicos entre Bayrou e Ségolène. Pode estar aqui a chave para a recuperação de Ségolène.
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