"Taxi Driver" é o meu filme preferido de Martin Scorsese - não vi o premiado "Entre Inimigos", o remake de "Infernal Affairs" de Wai Keung Lau. Em "Taxi Driver", Scorsese explora até ao absurdo a diferença entre a justiça e o justiceiro da selva urbana. É de certo modo uma recriação do tema de "Fury" realizado em 1936 por Fritz Lang, adaptando o tema da justiça pelas próprias mãos aos anos 70, ao ambiente urbano de uma grande cidade e à desumanização das sociedades modernas. Em "Taxi Driver", Robert de Niro interpreta o excelente papel de Travis Bickle, um taxista solitário e desequilibrado que decide fazer justiça pelas suas próprias mãos para purificar a cidade, fazendo uso da força das armas e da moral de pacotilha. Jodie Foster (com apenas 14 anos) interpreta uma prostituta a quem Travis vai convencer a deixar a "má vida".
Apesar de "Taxi Driver" levar ao absurdo a fúria justiceira, é um filme sempre actual, sobretudo porque as grandes cidades das democracias modernas, só são modernas até à profundidade da primeira camada de verniz. Daí para baixo, ainda não se percebeu como funcionam os mais básicos pilares da justiça, não se distingue entre justiça e vingança e aplaude-se com frequência os Travis deste mundo.
Apesar de "Taxi Driver" levar ao absurdo a fúria justiceira, é um filme sempre actual, sobretudo porque as grandes cidades das democracias modernas, só são modernas até à profundidade da primeira camada de verniz. Daí para baixo, ainda não se percebeu como funcionam os mais básicos pilares da justiça, não se distingue entre justiça e vingança e aplaude-se com frequência os Travis deste mundo.
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