segunda-feira, novembro 28, 2005
Os cientistas não engoliram a treta do Iraque
Há dias em que me orgulho de ser cientista, foi o que aconteceu quando descobri esta sondagem realizada nos EUA pelo Pew Research Center e que foi publicada entre nós no Courrier International desta semana. O resultado da sondagem que dá os cientistas e os engenheiros americanos como o grupo mais céptico em relação à decisão e às consequências para o terrorismo da invasão do Iraque (88% e 84% de avaliações negativas), não constitui grande novidade para mim. De facto, todos investigadores americanos com quem tive oportunidade de trocar umas ideias sobre política tratam George W. Bush de asno para baixo. Se fossem europeus eram logo considerados anti-americanos primários, claro está. Todos eles se queixam do caos que se está a gerar no planeta com a intervenção americana no Iraque e de outras burrices de Bush ainda mais perigosas, como o desprezo pelo aquecimento global. Apesar de conhecer apenas este tipo de opiniões julgava não serem amostras representativas. Afinal esta sondagem confirma que aqueles americanos que no seu dia a dia fazem uso frequente do cepticismo, da precaução, da demonstração, da prova e da humildade perante o risco, não engolem a treta trapalhona servida pelos fanáticos que rodeiam Bush. Afinal ainda há esperança do outro lado do Atlântico.
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