O construtor de automóveis Škoda (pronuncia-se shkoda e não skoda) é talvez o exemplo mais conhecido entre as empresas do leste da Europa que sobreviveram à entrada na economia de mercado. É certo que a Škoda foi comprada pela VW, mas a Chrysler também foi comprada pela alemã Daimler-Benz e não é por isso que os americanos deixaram de considerar os Chrysler como carros americanos. O mesmo acontece com os checos. A palavra Škoda em checo tem um significado curioso, mais ou menos equivalente às nossas expressões: "é pena" ou "que azar". O francês tem uma palavra mais adequada: "domage". Apesar do nome, quem compra um Škoda está a comprar uma viatura realmente de qualidade, a mesma dos automóveis do grupo VW. Eu tenho um VW Catalão (SEAT) e garanto-vos que aquilo é só meter gasolina e mudar pneus. A vantagem na compra dos SEAT e dos Škoda é que não se paga a marca VW e ficam mais baratos. A Škoda possui também uma divisão industrial de capital checo que produz maquinaria industrial para o sector da energia e dos transportes, construindo nomeadamente locomotivas, carruagens de metro e eléctricos.
Apesar de todas as misérias resultantes do regime comunista que durou até 1989, a Checoslováquia foi sempre um país tecnologicamente bem mais avançado que alguns países ocidentais, como Portugal por exemplo. Em Portugal só em sonhos é que produziríamos a nossa própria marca de automóveis ou os nossos transportes ferroviários.
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