Portugal deve cumprir os objectivos do protocolo de Quioto sobre a emissão de gases poluentes. Relembro que o protocolo de Quioto serve de eixo à politica ambiental da UE. Nestas europeias em vez de se futebolizar as eleições (Força Portugal: muito se riram aqui os meus colegas Italianos quando lhes contei), deveriam aparecer propostas serias para que em Portugal se faça um esforço importante na redução de emissões, nomeadamente na redução da emissão dos transportes rodoviários e das emissões associadas à produção de energia. Por isso, uma das apostas deveria ser na massificação da utilização de transportes públicos e de preferência em transportes que não emitem gases poluentes (hidrogénio, gás natural, eléctricos, etc.). Uma segunda aposta deveria ser num forte investimento em sistemas alternativos de produção de energia como a energia eólica, a energia solar (temos uma media de horas de Sol por dia muito mais alta que os paises da Europa central e do norte que apostam mais do que nós na energia solar), e desenvolver a energia das marés. Nem todos os países possuem o luxo de ter uma faixa costeira como a nossa virada para o Atlântico com diferenças de altura entre marés bastante generosas. Não esqueçamos que Portugal depende perigosamente do petróleo, que em parte é importado de países criminosos como a Arabia Saudita, apesar de o nosso governo tratar o regime saudita como aliado.
São assuntos como estes que esperava serem objecto de discussão e reflexão nas europeias, pois são os assuntos mais importantes para o futuro do país. Esperava isso da esquerda. Estou à espera...
Desejo fortemente que os Verdes europeus (não confundir com a secção do PCP chamada abusivamente de Verdes) sejam os grandes "vencedores" destas europeias. Por "vencedores" entendo um forte incremento da sua representação no Parlamento Europeu (PE). E espero que a nossa esquerda mais interessante seja eleita e se "encoste" aos Verdes no PE.
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