Não é só o mundo que é pequeno, a blogosfera também é pequena! Entro num avião em Newark cruzo-me com o Álvaro Costa, chego a Portugal, vou ao Aviz e descubro que o mesmo Álvaro Costa também é um blogonauta e que o seu blogue é o Via Rápida, onde ele descreve a sua passagem pelo aeroporto de Newark! Salto para o Abrupto e dou-me de caras com vulcões da Reunião, vinha eu ainda com a memória impregnada de impressionantes imagens de Crater Lake no Oregon.
O Crater Lake é um lago que se encontra a mais de 2000 metros de altitude preenchendo a cratera de um vulcão. O que é realmente impressionante é que este lago/cratera chega a ter um diâmetro máximo superior a 9 km e para além disso ainda contêm uma ilha!
Aldeola definitivamente!
A seguir, ao ler o artigo do Abrupto «Leituras de voo» fico com a certeza absoluta que a blogosfera é uma verdadeira aldeola. Nesse artigo podemos ler mais uma manifestação de um paupérrimo anti-francesismo a que o Abrupto já nos vem habituando :
Leituras de voo desta vez não foram brilhantes, talvez porque, num chauvinismo quase constante e irritante, os aviões franceses não trazem jornais em inglês. A única excepção era o Financial Times.
Ficámos assim saber que se um avião de um determinado país não tiver jornais na língua que o passageiro desejar, esse país é chauvinista! No regresso efectuei um voo interno nos EUA - tal como parece ter sido um voo interno, o voo de Pacheco Pereira da Reunião para a França metropolitana - onde mais de 50 milhões de pessoas falam castelhano e não encontrei um único jornal nesta língua. Já nem peço o Libération ou Le Canard Enchaîné porque está na cara que não há, nem estes nem esse verdadeiro jornal universal, a Gazzeta dello Sport! Na viagem de volta para Portugal há uma revista portuguesa a Exame, aleluia! Pela mesma lógica poderia concluir que os americanos são chauvinistas, mas não me apetece descer por esses caminhos de cabras. Mas se seguíssemos esses caminhos se calhar concluiríamos que o mundo todo é chauvinista. Talvez escapassem países como o Mónaco, o Luxemburgo ou Andorra só porque não tem aeroporto internacional, claro!
Enfim, infelizmente o Abrupto já nos habituou a alguns artigos em que envereda por caminhos anti-franceses ou anti-Coimbra onde vale tudo, mistura-se no mesmo saco indiscriminadamente : tunas, propinas, ensino superior, investigação, papel higiénico e universidade. O que vale é que ataques de um velado provincianismo dá mais para sorrir do que para ficar chateado.
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