Era leitor fiel da revista Vida Mundial e do semanário Já dirigidos pelo Miguel Portas. Mas foi um artigo no DN sobre a pobreza no Iémene que me chamou a atenção para a personagem. Era uma opinião de esquerda que sobressaía largamente do lote. Sempre que comentava os seus artigos do DN não ficava sem resposta. Da troca de galhardetes surgiu uma amizade que durou até hoje. Quando colaborei com o Miguel no Parlamento Europeu tive o privilégio de assistir à forma intensa, contagiante e mobilizadora como intervia na política europeia. O Miguel era uma daquelas estrelas de brilho raro que ofuscava o céu cinzento da política europeia.
Obrigado Miguel pela forma humana, criativa, entusiasta, bem disposta e inteligente com que encaraste o trabalho de eleito ao serviço do povo.