Um estudo da consultora Rolland Berger para a Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APREN) revelou que o peso das energias renováveis é muito menor do que tem sido indicado nas contas oficiais do sector energético. Em vez de 5,5 €, o peso real das renováveis na factura mensal é apenas de 1,9 €.
Neste estudo foram corrigidos cálculos anteriores onde não entravam custos associados à produção de energia através de combustíveis fósseis e onde não eram considerados benefícios associados às energias renováveis. As renováveis evitaram custos anuais de 407 milhões de euros relacionados com a importação de combustíveis fósseis, como gás natural e carvão, e das licenças de produção de CO2. Nos cálculos apresentados neste estudo foram contabilizados os custos das rendas de terrenos das centrais e o sobrecusto relativo aos contratos de aquisição de energia já celebrados e que fixam uma remuneração garantida às centrais que utilizam combustíveis fósseis. Foi ainda descontado o pagamento obrigatório de rendas das centrais eólicas aos municípios (que nenhuma outra forma de produção de eletricidade paga), o efeito da existência de electricidade renovável que gera uma descida do preço do mercado, as perdas evitadas na rede de transporte (às renováveis estão associadas distâncias mais curtas) e as contrapartidas pagas ao Estado dos concursos de atribuição de potência.
Os dados da APREN apontam para um contributo das energias renováveis de 4.120 milhões de euros para o PIB nacional e a geração de mais de 60 mil empregos em 2015.
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