Na obra "Os Lusitanos no tempo de Viriato" de João Inês Vaz (Ed. Ésquilo 2009) podemos encontrar mais um exemplo da miséria do ensino no tempo do Estado Novo e do espírito doentio desses tempos:
"Nos inícios do século XX, Mendes Correia foi uma das figuras mais acérrimas defensoras da ligação directa entre Portugueses e Lusitanos (...) na afirmação de uma raça portuguesa distinta das outras conhecidas, chegando mesmo a considerar um tipo de hominídeo próprio do território português, o selvagem homo taganus que teria vivido nas margens da Ribeira de Muge. Ora, o que hoje se sabe desta população dos finais do Neolítico/Mesolítico é que (...) as análises antropológicas nada revelam de diferente em relação a outros homens do mesmo período neo/mesolítico.
O Estado Novo fez da questão da raça uma ideia fundamental do orgulho nacional e por isso era importante manter e propagandear o mais possível esta ideia da relação umbilical com os Lusitanos. A História ensinada nas escolas primárias, Liceus e Escolas Industriais transmitia a ideia da formação da pátria a partir da Lusitânia, enaltecia-se a bravura dos Lusitanos e apresentava-se a dedicação de Viriato à Pátria como exemplo a seguir" (pag. 200 e 201)
"Nos inícios do século XX, Mendes Correia foi uma das figuras mais acérrimas defensoras da ligação directa entre Portugueses e Lusitanos (...) na afirmação de uma raça portuguesa distinta das outras conhecidas, chegando mesmo a considerar um tipo de hominídeo próprio do território português, o selvagem homo taganus que teria vivido nas margens da Ribeira de Muge. Ora, o que hoje se sabe desta população dos finais do Neolítico/Mesolítico é que (...) as análises antropológicas nada revelam de diferente em relação a outros homens do mesmo período neo/mesolítico.
O Estado Novo fez da questão da raça uma ideia fundamental do orgulho nacional e por isso era importante manter e propagandear o mais possível esta ideia da relação umbilical com os Lusitanos. A História ensinada nas escolas primárias, Liceus e Escolas Industriais transmitia a ideia da formação da pátria a partir da Lusitânia, enaltecia-se a bravura dos Lusitanos e apresentava-se a dedicação de Viriato à Pátria como exemplo a seguir" (pag. 200 e 201)
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