O filme "Michael Collins" de Neil Jordan trata-se de um documento histórico razoavelmente conseguido sobre a sequência de episódios desde 1916 que levaram à independência de parte da Irlanda (a República) e a manutenção do território da chamada Irlanda Norte integrado no Reino Unido. A eventual independência deste território deveria ter sido renegociada posteriormente, mas à boa maneira imperialista ficou para dia de São Nunca. O filme começa com um episódio cujos 90 anos se comemoram esta semana, o levantamento de Páscoa de Dublin iniciado a 24 de Abril de 1916 em que os militares britânicos fizeram uso de uma violência bélica apreciável para controlar os rebeldes irlandeses entrincheirados no edifício do posto central dos correios (ler dossier sobre o levantamento no Irish Times).
Um dos grandes factores de interesse deste filme é mostrar que 90 anos depois uma história de colonialismo mal resolvida continua a marcar com alguma violência a agenda política britânica, apesar de se tratar de dois povos ocidentais (ingleses e irlandeses) e cristãos (uns católicos e outros protestantes) de grande proximidade geográfica. Ora, sabemos que 90 anos depois a milhares de quilómetros de distância, no Iraque, num país que é um retalho de povos e de religiões, os mesmos ingleses pretendem fazer aquilo que nunca conseguiram fazer na ilha irlandesa: a pacificação pela ocupação.
Um dos grandes factores de interesse deste filme é mostrar que 90 anos depois uma história de colonialismo mal resolvida continua a marcar com alguma violência a agenda política britânica, apesar de se tratar de dois povos ocidentais (ingleses e irlandeses) e cristãos (uns católicos e outros protestantes) de grande proximidade geográfica. Ora, sabemos que 90 anos depois a milhares de quilómetros de distância, no Iraque, num país que é um retalho de povos e de religiões, os mesmos ingleses pretendem fazer aquilo que nunca conseguiram fazer na ilha irlandesa: a pacificação pela ocupação.
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